O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou na tarde desta quinta-feira, 7, o julgamento de três ações diretas de inconstitucionalidade. Esses pedidos questionam dispositivos das constituições do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Rio Grande do Norte que conferem imunidade a deputados estaduais.

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O julgamento foi iniciado nesta quarta-feira, 6, quando votaram os ministros Edson Fachin e Marco Aurélio Mello. A sessão foi retomada nesta quinta-feira com o voto do ministro Alexandre de Moraes.

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Relator de duas das três ações que questionam as Constituições estaduais, Fachin votou pela suspensão da resolução da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que revogou a prisão dos deputados Jorge Picciani – presidente da Casa -, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB.

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Além disso, Fachin manifestou-se contrário à possibilidade de as casas legislativas reverem medidas cautelares contra os deputados, abrindo divergência do ministro Marco Aurélio Mello, que havia se posicionado a favor da imunidade a deputados estaduais.

Para Marco Aurélio, a imunidade “não inviabiliza a persecução criminal, tampouco impede a prisão, mas, sim, estabelece limites rígidos a serem observados visando a plena atividade parlamentar”.

Delação

A pauta desta quinta-feira também incluiu o julgamento de uma ação ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a possibilidade de a Polícia Federal firmar acordos de colaboração premiada, mas esse processo corre o risco de não ser julgado se a sessão for dominada pela discussão sobre a imunidade conferida a deputados estaduais.