O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu vista (mais tempo para análise) no julgamento virtual de recurso da defesa de Lula que pedia a revisão de uma decisão da própria Corte que negou habeas corpus ao ex-presidente, em abril, e que abriu espaço para a prisão dele. Com isso, uma nova data de julgamento deve ser marcada, desta vez para de forma presencial, no plenário do Supremo.

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Apesar disso, já há maioria de votos (7 contra 1) para rejeitar a reclamação do petista. Faltam apenas os votos dos ministros Luiz Fux e Celso de Mello. O prazo para votação se encerra no fim da noite desta sexta-feira (14), mas o pedido de vista adia uma decisão final sobre o caso. Como será marcado um novo julgamento, os ministros que já votaram, em tese, podem mudar de ideia e rever seus votos.

Votaram contra o recurso Edson Fachin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso, Rosa Weber e Gilmar Mendes. Já Marco Aurélio Mello divergiu, votando a favor do recurso e cobrando que o STF paute a ação que questiona a prisão em segunda instância. Ele é o relator desse processo.

Se a decisão que negou o HC em abril for revista, o ex-presidente Lula poderia ter a prisão revogada e tentar retomar seu lugar na campanha presidencial petista – o prazo para substituição de chapas vai até segunda-feira (17).

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Lula cumpre pena de 12 anos e 1 mês de prisão, na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, desde 7 de abril, após ser condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Isso o enquadra na Lei da Ficha Limpa. Foi por essa razão que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barrou, em 1º de setembro, sua candidatura.

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