Eleições

STF julga os quase 4 milhões de títulos de eleitor cancelados no Brasil

Foto: TRE-RJ
Foto: TRE-RJ

Cerca de 3,6 milhões de brasileiros de 17 estados do país tiveram o Título de Eleitor cancelado por falta do recadastramento biométrico. São eleitores de 862 cidades do Brasil, que passaram pelo processo entre 2017 e 2018, segundo levantamento feito pelo site G1. Porém, os cancelamentos agora são alvo de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF).

O plenário do STF deve julgar nesta quarta-feira (26), a ação do Partido Socialista Brasileiro (PSB) que contesta o cancelamento de títulos. O ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo, avisou que levaria a ação para ser julgada e o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, a incluiu na pauta desta quarta-feira (26).

Nesta segunda-feira (24), em manifestação ao STF, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, afirmou que eventual suspensão do cancelamento de títulos de eleitor implicará o comprometimento do calendário eleitoral, destacando ainda “elevados custos exigidos” para o refazimento de diversas etapas do pleito. O primeiro turno das eleições está marcado para o dia 7 de outubro.

“À luz das informações prestadas pelas áreas técnicas deste tribunal superior, eventual suspensão das normas autorizadoras do cancelamento dos títulos eleitorais implicará o comprometimento do calendário eleitoral, a par dos elevados custos exigidos para o refazimento das diversas etapas do pleito”, afirmou a ministra.

Em documento com mais de 200 páginas, a presidente do TSE destaca que não comparecer ao recadastramento não cancela automaticamente o título de eleitor. Cerca de 5,6 milhões não compareceram ao processo de revisão geral. Segundo o TSE, 3,3 milhões de títulos foram cancelados. A biometria, segundo Rosa Weber, é um dos itens da revisão.

Interessados

Em decisão desta segunda-feira, Barroso aceitou os pedidos do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) para participem do processo. A Barroso, o PT destacou que o processo tem por objetivo derrubar dispositivos que, segundo a sigla, inviabilizarão o “exercício da cidadania de milhares de brasileiros que, por inúmeras razões, não realizaram o seu cadastramento biométrico”.

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