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Sobe para 12 número de pessoas que encontraram Bolsonaro e estão com o novo coronavírus

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República informou neste domingo (15) que quatro integrantes da equipe que serviu de apoio à viagem do presidente Jair Bolsonaro a Miami, nos Estados Unidos, estão infectadas com o novo coronavírus.

Com isso, sobe para 12 o número de pessoas que estiveram com Bolsonaro e tiveram resultado positivo para a Covid-19.

Também neste domingo, o publicitário Sérgio Lima, responsável pela comunicação da Aliança pelo Brasil, sigla que Bolsonaro quer criar, informou que está com o novo coronavírus. A reportagem confirmou que ele esteve com a comitiva do presidente nos Estados Unidos, na semana passada.

Além de Lima, ao menos outras seis pessoas que estiveram próximas a Bolsonaro durante viagem aos EUA, na semana passada, estão infectadas com o novo coronavírus.

Um deles é o de um empresário que estava no grupo que acompanhou a visita do presidente aos EUA. Ele preferiu não se identificar.

Três outros casos são de integrantes da comitiva oficial de Bolsonaro na viagem à Flórida. Anunciaram que contraíram a doença o chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fabio Wajngarten, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e o diplomata Nestor Forster, indicado para o cargo de embaixador do Brasil em Washington.

A advogada Karina Kufa, tesoureira do Aliança pelo Brasil, disse que seu exame deu positivo. Ela está em isolamento e, pelas redes sociais, tem atualizado seu estado de saúde. “Hoje acordei bem melhor, os sintomas praticamente sumiriam. Até agora não tive febre e falta de ar, que são os fatores de alerta”, escreveu a advogada neste sábado (14).

Entre os anfitriões, o prefeito de Miami, Francis Suarez, anunciou, na sexta (13), ter recebido o diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Ele participou de evento com Bolsonaro e sua comitiva na segunda-feira (9), na Flórida.

A reportagem também confirmou que o número 2 da Secom, Samy Liberman, teve resultado positivo para o novo coronavírus. Ele compareceu ao Palácio do Planalto na última semana, ao regressar da viagem, o que gerou reclamação e desconforto de funcionários da Presidência. Questionada formalmente, a Secom não quis comentar o resultado do exame de Liberman.

A confirmação de que pessoas que viajaram com o presidente estão infectadas levou à dispensa de diversos funcionários do Planalto na última sexta, Segundo relatos feitos à reportagem, os militares que trabalham na Presidência estão incomodados com o comportamento de Wajngarten, considerado irresponsável, por ele ter dito em transmissão ao vivo neste sábado que já estava doente quando embarcou no voo de volta ao Brasil.

O GSI não divulgou os nomes dos integrantes da comitiva que estão infectados, mas afirmou que tratam-se de novos casos, cujos resultados foram divulgados neste domingo.

“Os integrantes da equipe de apoio ao recente voo presidencial aos Estados Unidos da América foram submetidos ao teste do novo coronavírus e, desde a chegada ao Brasil, preventivamente optaram por um regime de auto-isolamento. Dentro desse grupo, quatro indivíduos apresentaram resultado positivo, porém todos eles estão com um quadro de saúde ainda assintomático. Dessa forma, cumprirão em suas residências o isolamento recomendado de 14 dias”, diz a nota.

O gabinete informou ainda que os demais integrantes, mesmo nos casos de resultados negativos, seguirão isolados para cumprir o protocolo determinado pelas autoridades sanitárias.

Após ter resultado negativo para a Covid-19 na última sexta, Bolsonaro interrompeu o isolamento e deixou o Palácio da Alvorada ao menos duas vezes. Neste domingo, ele foi ao Planalto e cumprimentou apoiadores com aperto de mão, além de ter tirado fotos com manifestantes.

Apesar de não estar infectado, o presidente deve ser submetido a ao menos mais dois exames para o novo coronavírus. O protocolo do Ministério da Saúde é de repetir o exame num intervalo de 14 dias, período durante o qual o vírus pode ficar incubado.

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