O governador Roberto Requião disse ontem que não vai abrir mão de defender os interesses do Paraná no setor de energia elétrica e que a Copel vai colocar à disposição, para o “pool” energético nacional, apenas o excedente de sua geração. A afirmação foi feita durante um encontro com o presidente da Eletrobrás, Luiz Pingueli Rosa, e com o diretor-geral da Itaipu Binacional no Brasil, Jorge Samek.
Requião declarou que é favorável à criação do “pool” nacional de energia elétrica, proposto pelo Ministério de Minas e Energia. Entretanto, ele discorda da idéia de ceder toda a energia gerada no Paraná para o plano. Segundo o governador, “o custo da energia do ?pool? seria maximizado pelas termelétricas e pelo desinvestimento de outros Estados brasileiros”.
Outra justificativa do governador para a não inclusão de toda a energia gerada no Paraná no “pool”, é que ele acabaria absorvendo maus contratos assinados pelo governo anterior, principalmente da Petrobras com termelétricas e da Eletrobrás com usinas obsoletas e desnecessárias. “O ?pool? é necessário mas, paralelamente a ele, tudo aquilo que for imoral e ilegal deve ser contestado e não absorvido”, afirmou.
Requião explicou que a proposta será apresentada à Ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, hoje, em Brasília. O presidente da Eletrobrás, Luiz Pingueli Rosa, declarou que a proposta do governador Roberto Requião vai ser amplamente discutida e analisada pelo ministério. “Todas as opiniões e todas as interpretações têm que ser levadas em conta. Acho justo que o governo federal e o governo do Paraná discutam para chegar a um consenso”, afirmou.