Tensão na AL

Sindicato falta à reunião com Rossoni e Tôca pede licença

A diretora do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Paraná, Francine Bonamigo, bateu com a cara na porta da sala do deputado estadual Valdir Rossoni (PMDB), ontem de manhã. A sindicalista pediu uma audiência para discutir o clima de guerra que se estabeleceu entre a direção da Casa e parte dos servidores.

Rossoni marcou a reunião para as 10 horas. Ele foi pontual, esperou vinte minutos e foi embora. Depois deste tempo, Francine chegou, encontrou os jornalistas, não revelou o que ia discutir com o deputado. Disse que só fala sobre o assunto quanto Rossoni marcar um novo encontro.

Rossoni, acompanhado do 1º secretário da Mesa Executiva da Assembleia, deputado Plauto Miró (DEM), reafirmou a disposição da nova direção da Casa para o diálogo sempre franco e aberto. Com uma extensa agenda de compromissos, os deputados Rossoni e Plauto atenderam a imprensa enquanto aguardavam o comparecimento dos sindicalistas, e depois disso retornaram aos gabinetes da Presidência e da 1ª Secretaria.

Ao invés de participar da reunião, o presidente do Sindilegis/PR e ex-líder dos seguranças da Casa, Edenilson Carlos Ferry, conhecido como Tôca, protocolou, ontem, requerimento a Rossoni, comunicando seu licenciamento do cargo de presidente do sindicato.

De acordo com o documento entregue pelo advogado Claudio Dalledone Júnior, o afastamento temporário de Tôca da presidência do Sindilegis/PR tem o “objetivo de preservar os interesses dos servidores sindicalizados, evitando que qualquer eventual rusga causada pelos últimos acontecimentos repercutam na definição dos destinos dos vários funcionários da ALEP”.

Tôca é o protagonista do rompimento de Rossoni com os seguranças da Assembleia e da consequente ocupação da Casa pelo Polícia Militar.