Simon leva a Temer documento de encontro em Curitiba

O senador Pedro Simon (RS) e os presidentes estaduais do PMDB do Paraná, Waldyr Pugliesi, e de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moura, vão na próxima terça-feira, 1, a Brasília, comunicar oficialmente ao diretório nacional sobre a pré-candidatura do governador Roberto Requião à sucessão presidencial do próximo ano.

Eles vão entregar ao presidente da Câmara dos Deputados e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer, e à presidente nacional em exercício do PMDB, deputada Íris de Araújo o documento aprovado no encontro realizado no sábado passado, 21, em Curitiba.

O documento, assinado por representantes de diretórios do PMDB de quinze estados, defende o lançamento de candidato próprio à presidência da República e indica o governador do Paraná como pré-candidato.

“Nós vamos levar o documento porque queremos que a direção nacional trate desta questão com toda a importância que ela merece”, afirmou o presidente do PMDB do Paraná.

O lançamento da pré-candidatura de Requião, no sábado, reuniu a ala do partido que resiste ao pré-acordo costurado por Temer, e os senadores José Sarney e Renan Calheiros, com o presidente Lula (PT) para que o PMDB apóie a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à presidência da República.

Embora o movimento esteja envolto na suspeita de que foi articulado pelo grupo simpático à aliança com o PSDB na sucessão presidencial, Pugliesi garante que não se trata de uma articulação pró-candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). “Muitos entendem que não há alternativa a não ser a candidatura própria”, afirmou.

O presidente do PMDB de São Paulo, o ex-governador Orestes Quércia, é um dos exemplos de defensor da aliança tucana citado por Pugliesi, que acompanharia a candidatura própria se a tese fosse adotada pela maioria do partido.

“Até mesmo o Quércia, que já avançou bastante nas negociações com o Serra, disse que se o Requião for candidato, vai fazer a campanha dele”, afirmou o presidente do PMDB do Paraná.