Os servidores do Poder Judiciário no Paraná resolveram não aderir a uma paralisação nacional da categoria que ocorre nesta quarta-feira (13).  Os servidores lutam pela aprovação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 190/07 – que cria um estatuto único para servidores do judiciário estadual e federal.

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De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná (Sindijus-PR), José Roberto Pereira, apesar de também apoiar a aprovação da PEC, a categoria decidiu não aderir à paralisação porque está em um momento de negociação com o Tribunal de Justiça. Na pauta da discussão estão a tentativa de manter o atual horário de trabalho – das 12h às 19h – e a implantação do novo plano de cargos e salários.

Segundo Pereira, os servidores estão preocupados uma vez que uma nova resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), editada em 29 de março, determinou que os tribunais brasileiros passem a atender a população das 9h às 18h.

Desde 1º de fevereiro, o Tribunal de Justiça havia definido como horário de atendimento ao público das 12h às 18h no Paraná. De acordo com o presidente do Sindijus, os funcionários tiveram que realizar várias adaptações no cotidiano para se adaptar ao novo horário e rejeitariam a nova mudança, menos de dois meses depois. “Tivemos que mudar horário de crianças na escola, de faculdade, todo mundo teve que se adaptar”, afirma.

O Tribunal de Justiça informou, via assessoria de imprensa, que não irá alterar o horário de atendimento imediatamente e que o presidente do TJ, Miguel Kfouri Neto, deve ir a Brasília conversar com o presidente do CNJ, ministro Cesar Peluzo, para tentar chegar a um acordo sobre a questão.

Para o presidente do Sindijus, não há funcionários suficientes para atender o novo horário. “Nós sempre defendemos que tivéssemos atendimento à população nos dois períodos, desde que houvesse dois turnos de funcionários”, afirmou.

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