Servidor com cargo de confiança perde Tide

O governador Roberto Requião (PMDB) decidiu cortar o pagamento da gratificação por Tempo Integral e Dedicação Exclusiva (Tide) para os servidores de carreira que acumulam cargos de confiança.

A medida está no decreto 166 e faz parte do esforço do novo governo para reduzir os gastos com pessoal. A Tide será mantida somente para os funcionários contratados para os cargos comissionados, sem vínculos permanentes com o Estado.

O secretário da Casa Civil, Caíto Quintana, ainda não tem o cálculo de quanto o governo vai conseguir economizar com a suspensão do pagamento da gratificação. O secretário acredita que a redução será significativa. Ele cita um exemplo: um ocupante de cargo da simbologia 1-C, cujo salário atual é de R$1.179,00, com a aplicação da Tide, recebe mensalmente o dobro desse valor. Sem a Tide, o servidor que continuar ocupando cargo de confiança, irá receber apenas a gratificação por encargo especial correspondente a R$ 850,33.

Quintana aponta a concessão indiscriminada da Tide como um dos fatores responsáveis pelo que chama de “estouro” da folha de pagamento. “Agora, estamos entendendo a razão pela qual apesar de o governo não ter encaminhado para a Assembléia nenhuma proposta de aumento para os funcionários nestes anos todos, a folha crescia cada vez mais. Havia um descontrole na distribuição da gratificação”, afirmou.

O corte da Tide desagradou amplos setores dos servidores públicos. O secretário da Casa Civil disse que a “choradeira é natural”, mas que o governo tem responsabilidades e tem que adotar medidas para sanear o caixa. “Nós temos que acertar o governo como um todo. Não adianta contentar um setor dos funcionários e fazer um mau governo”, comentou.

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