O Partido Progressista (PP) do Paraná anunciou ontem o apoio ao candidato José Serra (PSDB) no segundo turno presidencial.

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Segundo o presidente estadual do PP, deputado federal Ricardo Barros, a decisão foi unanimidade entre a executiva da legenda, os deputados federais Nelson Meurer e Dilceu Sperafico – reeleitos – e Cida Borghetti – eleita para o próximo mandato -, os deputados estaduais e os 40 prefeitos do partido. “Na nossa avaliação José Serra é a grande opção para o Brasil. Estamos confirmando o apoio já dado no primeiro turno (quando o PP fechou aliança com o PSDB, apoiando a eleição de Beto Richa ao governo do Paraná e lançando Ricardo Barros para o Senado)”, disse Barros.

“O PP vai fazer parte dessa mobilização de forças, coordenada pelo governador Beto Richa, para a eleição de Serra presidente”, prosseguiu. “A tradição do PP no Paraná é apoiar os candidatos do PSDB à presidência. Foi assim com Fernando Henrique Cardoso (98), Serra (2002) e Alckmin (2006)”, salientou Ricardo Barros, que apesar de ter apoiado os tucanos nas últimas eleições, foi vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados.

Para o deputado federal Dilceu Sperafico, o PP agiu com coerência ao definir o apoio para Serra, uma vez que, no Paraná, o partido sempre esteve mais próximo do PSDB que do PT.

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“Foi por isso que o PP nacional optou pela neutralidade, para liberar seus diretórios estaduais a apoiarem e fazerem alianças com quem mais se aproximava, por isso que terá estados em que o PP estará com Serra e outros, com Dilma”, disse, informando que, na maior parte do país, o partido está com a candidatura do PT.

Para ele não há contradição do fato de o partido, inclusive os parlamentares paranaenses, ter feito parte da bancada de apoio ao governo Lula durante os oito anos de governo do PT.

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“O apoio ao governo não foi condicionado às eleições. Foi uma composição por conta da governabilidade”, disse, afirmando que o apoio a Serra não define a posição da bancada do PP do Paraná no Congresso Nacional em caso de eleição de Serra ou Dilma. “Independente de quem vencer a eleição, os partidos serão procurados ou não para compor a bancada de apoio. Isso é uma questão para ser conversada no ano que vem. Não importa se com Serra ou com Dilma”, concluiu.