O juiz federal Marcelo Bretas, da Operação Lava Jato do Rio, colocou mais uma vez no banco dos réus o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB) – desta vez ao lado da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, seu ex-sócio Thiago de Aragão Gonçalves Pereira e o empresário Ítalo Garritano Barros – por suposta lavagem de R$ 3,153 milhões.

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O ex-governador está preso desde novembro de 2016. Ele já acumula 183 anos de pena de prisão em condenações impostas por Bretas e também pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato no Paraná.

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A denúncia do Ministério Público Federal do Rio, que o juiz Bretas recebeu nesta terça, 30, aponta para a emissão de notas fiscais fraudulentas, relativas à prestação de serviços fictícios do escritório de advocacia Ancelmo Advogados para restaurante de comida japonesa.

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“A presente ação deve ser admitida, porquanto ausentes as causas de rejeição, razão pela qual recebo a denúncia”, decidiu o juiz nesta terça-feira, 30.

Adriana Ancelmo, seu sócio e o empresário são acusados ainda pelo crime de frustração de direito assegurado por lei trabalhista e também pelo crime de falsificação de documento público.

Segundo a Procuradoria da República, os investigados frustraram, “mediante fraude, direito assegurado por legislação do trabalho, bem como por terem omitiu nas Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS) de seus empregados informações relativas ao valor de suas remunerações, com intuito de desonerar-se do pagamento de encargos e direitos trabalhistas e ludibriar a Justiça do Trabalho”.

A acusação tem como base o acordo de delação premiada fechado entre o Ministério Público Federal e Ítalo Garritano.

Defesa

A reportagem está tentando contato com os denunciados pela Procuradoria, mas ainda não obteve retorno.