O senador Nivaldo Krüger (PMDB) que assumiu o mandato no lugar de Roberto Requião (PMDB), esteve ontem na Câmara Municipal de Curitiba para conversar com o vereador Paulo Salamuni (PMDB). Ex-prefeito de Guarapuava, Krüger, que já foi vereador, deputado estadual e federal, deixará o cargo no Senado no início de fevereiro.
Segundo ele, a visita a Salamuni foi uma retribuição à dedicação do vereador ao partido. “É uma homenagem à coerência e luta em favor da bandeira do PMDB. Este é seu quarto mandato, e Salamuni sempre manteve a linha do partido, por isso merece meu respeito”, declarou.
Sobre os convites para novas filiações que estão sendo feitos pelo partido, Krüger afirmou que este assunto não deveria ser conduzido desta forma, pois é necessário manter a identidade da legenda. “Olho isto de uma forma histórica. Na República tivemos partidos com curta duração, na história do Brasil os partidos registraram deterioração porque pessoas se filiaram sem ter identidade com a legenda”, explicou. “Nós do antigo MDB não estamos saindo do PMDB, e sim ele está saindo de nós, tomando um outro rumo”, opinou.
O senador disse que a procura de políticos pelo partido é natural, já que o atual governador do Estado é do PMDB. “Quando um partido alcança o executivo é grande o número de pessoas que querem se agregar ao poder, como hospedeiros. Olho isso com preocupação, porque numa visão sociológica isso pode nos levar a um grave enfraquecimento da democracia”, analisou. “O poder passa para outras mãos, e os hospedeiros mudam de atitude, conforme o vento”. Para o senador paranaense, a palavra-chave para o PMDB na hora de aceitar novos filiados tem que ser uma só “coerência”.