O plenário do Senado aprovou no início da noite desta quarta-feira (28) o projeto de resolução que acaba com a multa imposta pela Secretaria de Tesouro Nacional (STN) ao Estado do Paraná por conta de títulos podres adquiridos à época da privatização do Banestado, em 2000.

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O substitutivo foi antes aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O senador Osmar Dias preparou requerimento de urgência e conseguiu que a medida fosse votada o quanto antes.

Na primeira reunião da Comissão, pela manhã, o relator do texto, Antonio Carlos Magalhães Junior (DEM/BA) cumpriu a promessa feita na terça-feira (27) à noite ao governador Orlando Pessuti e colocou a proposta em votação.

Entretanto, um pedido de vistas do senador Ademir Santana (DEM/DF) adiou a votação. Ainda assim, a pressão do senador paranaense Osmar Dias (PDT), autor da proposta de resolução, fez com que o presidente da CCJ, Demóstenes Torres (DEM/GO), convocasse uma nova reunião para as 15h desta quarta-feira.

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“A aprovação do texto é importante para o Brasil, e não apenas para o Paraná, que já foi muito lesado com essa história”, disse Osmar. Os deputados federais Abelardo Lupion (DEM), Moacir Micheletto (PMDB), Ratinho Junior (PSC), Luiz Carlos Hauly (PSDB) e Rodrigo da Rocha Loures (PMDB) também assistiram à reunião da CCJ do Senado.

A aprovação da resolução encerra uma luta de sete anos do Governo do Paraná. Desde 2003, o Estado brigava na Justiça para não ter de pagar por títulos públicos – emitidos por Alagoas, Pernambuco, Santa Catarina e os municípios paulistas de Guarulhos e Osasco – declarados nulos pela Justiça e pela Comissão Parlamentar de Inquérito dos Títulos Públicos.

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Os papéis, que foram comprados pelo Banestado no final dos anos 1990, foram comprados pelo Estado por imposição do Banco Itaú, vencedor do leilão que privatizou o banco público.

Mais informações na edição desta quinta-feira do jornal O Estado do Paraná.