Enquanto o PMDB, PT e PDT se entendem e se desentendem nos bastidores na busca para formar uma aliança para disputar o governo do Estado no mesmo palanque, os tucanos paranaenses aguardam calmamente uma posição do senador Osmar Dias (PDT) à proposta de se aliar ao PSDB para concorrer ao Senado, mais uma vez. O convite, que inclui a indicação do candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo ex-prefeito Beto Richa, ainda não foi respondido, mas o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, acha que o acordo está bem encaminhado e aparenta não se importar com a nova investida do PT sobre o senador pedetista.

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“Nós queríamos que ele respondesse o mais rápido possível, mas os sinais foram bons e aguardamos”, afirmou o dirigente do PSDB do Paraná que, quando levou a proposta ao PDT, afirmou que esperaria a resposta do senador dentro de uma semana. Esgotado o prazo, Rossoni acha que “é preciso respeitar o ritmo do PDT”. Para o tucano, não há riscos de o PDT estar se servindo do convite tucano para pressionar o PT a trabalhar para incluir o PMDB na aliança, conforme condicionou o senador Osmar Dias. “O tempo vai nos dar a resposta. Nós estamos conversando com pessoas que têm um histórico de credibilidade e honradez”, disse.

Pesquisas

Os números da pesquisas de intenções de votos do Instituto Vox Populi, divulgados anteontem, mostrando que Osmar Dias está sete pontos atrás do candidato tucano, não devem interferir no desfecho da conversa, acredita Rossoni. “Tem pesquisas para todos os gostos. Não será uma pesquisa que irá definir nosso quadro político. O que decide é a vontade de quem quer coligar com quem. Cada um vai onde se sente melhor”, afirmou o presidente do PSDB. Ele disse que o PSDB detectou uma inclinação do pedetista em aceitar a proposta tucana. “Nós fizemos o correto. Agora é esperar”, emendou.

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Nem mesmo os números da pesquisa sobre a sucessão presidencial no Paraná podem ter impacto sobre a decisão do PDT, confia Rossoni. A pesquisa Vox Populi verificou que a pré-candidata do PT, a ex-ministra Dilma Rousseff, reduziu de 23 para 12 pontos a desvantagem em relação às intenções de votos do ex-governador e pré-candidato tucano José Serra no Paraná. O presidente do PSDB disse que os números não são definitivos e que somente devem ser considerados se forem confirmados por novas sondagens. “Tenho uma posição sobre isso. Gostaria de esperar a pesquisa do Datafolha. Porque da outra vez, o Datafolha desmentiu o Vox Populi e o Sensus. Agora, se confirmar, vamos ter que trabalhar. Se não, melhor ainda”, comentou.