Secretário faz balanço de ações na Educação

O secretário da Educação, Maurício Requião, apresentou ontem, no auditório do Museu Oscar Niemeyer, para toda a equipe de governo, as principais ações em curso na sua pasta e a economia conseguida com cancelamento de contratos firmados pelo governo anterior. Também foram expostos diretrizes do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná -Fundepar – e da Paraná Esporte. As reuniões do secretariado, que acontecem semanalmente, foram determinadas pelo governador com o objetivo de manter a equipe em sintonia e atuando com conhecimento do conjunto do governo.

Maurício abriu a reunião com os dados sobre contratos firmados pelo governo anterior e cancelados pela sua secretaria, a maioria deles na área de informática e de prestação de cursos e consultorias, muitos deles sem qualquer resultado concreto para o ensino no Estado. O de maior valor, R$ 24 milhões, foi com a Sigma pelo sistema Unisys.

Contratos

Esse contrato previa compra de programas e computadores e gerenciamento de informações educacionais. Por irregularidades constatadas nesta gestão, já que o sistema não funciona de acordo com as expectativas, o contrato está sendo analisado pelo Ministério Público. “Passamos a usar o sistema de informações educacionais que eram vigentes no primeiro governo de Requião e que tem dado bons resultados com custos muito menores”, completou o secretário

Outros contratos eram para a melhorar a capacitação profissional do corpo docente das escolas em língua inglesa, pelo British Council, e outros cursos, pela Universidade do Professor. Eles tinham valores totais de R$ 1,1 milhão e R$ 3,2 milhões, respectivamente. No primeiro caso, conforme sublinhado por Maurício Requião, para promover a capacitação em língua inglesa eram firmados convênios com universidades estaduais, o que não justificaria um contrato com entidade estrangeira. “Os cursos da Universidade do Professor eram na sua maioria de auto-ajuda, em pacotes de universidades norte-americanas. Por exemplo, havia professores de Educação Física fazendo curso de atendimento telefônico”, ironizou o secretário.

As consultorias foram apontadas como outro escândalo que permeava a contabilidade da Secretaria de Educação. Em uma delas, o serviço que custava R$ 939 mil e não era realizado, está sendo feito, agora, por quatro técnicos, com salários de R$ 1.500,00.

Entre as prioridades de sua gestão, o secretário citou a reformulação do currículo básico, iniciada nesta semana em conjunto com os professores, e a implantação de um amplo programa de capacitação dos profissionais da educação, em parceria com as universidades estaduais, que começa já no segundo semestre em 16 regiões do Estado, e pretende ser desenvolvido de forma continuada e descentralizada, trabalhando principalmente os conteúdos escolares.

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