Um dos maiores desafios do PSDB nas eleições municipais do ano que vem em São Paulo é quebrar o chamado “cinturão vermelho” do PT na região do ABC, berço de criação do partido, e em cidades consideradas estratégicas, como São Paulo. A avaliação foi feita pelo presidente do Diretório Estadual do PSDB-SP, deputado Pedro Tobias. “Vamos quebrar o cinturão vermelho do PT no ABC e em outras cidades. Se não quebrarmos desta vez não é porque eles são fortes, é porque somos fracos.”

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O deputado, que assume pela segunda vez a direção da sigla no Estado, disse que os tucanos têm chance de assumir o comando não apenas das prefeituras do ABC, mas de cidades importantes que atualmente são administradas pelo PT, como Guarulhos, São José dos Campos e, claro, a capital. “Não podemos contar apenas com o desgaste do PT, temos de fazer um trabalho de escutar as ruas. O povo já deu o seu recado à classe política: quem não escutar as ruas, vai perder. E precisamos também de renovação”.

Ao falar em renovação, Tobias afirma que a corrida à Prefeitura de São Paulo deverá ter um nome novo – diferente do que ocorreu nos últimos pleitos, em que se revezaram o governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra. “Serra me disse que não quer mais disputar a Prefeitura e Alckmin tem a pretensão de disputar a Presidência da República”, disse, emendando que não iria citar os concorrentes para não correr o risco de esquecer algum. “Se eu esquecer alguém, posso ser xingado depois.”

O presidente do Diretório Estadual do PSDB atribuiu o racha na eleição para a cúpula da instância municipal da sigla – quando o vereador Covas Neto foi eleito presidente – às eleições municipais do ano que vem. “Precisamos estar unidos, toda essa briga não leva a nada”, alertou. Na disputa interna no Diretório Municipal, o grupo ligado ao ex-secretário José Aníbal acusa Covas Neto de privilegiar o vereador Andrea Matarazzo, um dos nomes já postos para a disputa municipal do ano que vem. Além de Matarazzo, outros concorrentes à cabeça de chapa são os deputados Bruno Covas e Ricardo Tripoli e o primeiro-suplente de senador José Aníbal.

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Sem descartar que possam surgir ainda outros nomes para a disputa na capital, Tobias diz que a escolha deverá ser feita por prévias. E diz que, como presidente do Diretório Estadual, não tem lado nem preferência. “O meu lado é o PSDB e acredito que temos espaço para vencer as eleições em São Paulo, com o apoio de nossas lideranças, como Alckmin, Serra, Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves (presidente nacional da sigla), pois essa será quase uma eleição nacional.”