Rosso se emociona e pede ‘união’ ao tomar posse no DF

O novo governador do Distrito Federal, Rogério Rosso (PMDB), se emocionou no seu discurso de posse, que durou cerca de 15 minutos. “Não é hora de apostar no fracasso. A hora é de união. Foi um esforço inédito de união que nos trouxe até aqui. Pela primeira vez um grupo tão expressivo de partidos superou diferenças, abriu mão de vaidades pessoais, para dar legitimidade a um governo local”, disse, referindo-se ao fato de ter sido eleito com apoio de vários partidos, que se uniram para impedir que o então governador interino, Wilson Lima, apoiado por Joaquim Roriz, vencesse.

Rosso foi eleito no sábado, com voto de 13 dos 24 deputados distritais. Ele ficará no cargo até 31 de dezembro deste ano, quando terminaria o mandato de José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), que foi cassado pela Justiça Eleitoral por infidelidade partidária. Arruda é acusado, em inquérito da Polícia Federal (PF), de ser o chefe de um esquema de corrupção conhecido como “mensalão do DEM”. “Nosso inimigo comum é a corrupção”, afirmou Rosso.

O peemedebista se emocionou primeiro quando, ao subir à tribuna da Assembleia Legislativa, agradeceu a presença dos políticos locais e da família. Depois, assim que anunciou que as filhas, na noite anterior, tinham escrito uma lista de ações que elas gostariam que o pai fizesse à frente do DF. A primeira menina a falar pediu melhoria no transporte, mais segurança, mais paradas de ônibus e mais empregos. A segunda pediu “mais emprego e não matar as pessoas”. “Esta última parte é sobre segurança pública”, esclareceu Rosso.

Como promessas de governo, Rosso seguiu a orientação das filhas e prometeu investimentos nas áreas essenciais, como “como saúde, educação, segurança e obras”. “Vamos trabalhar pautados pela objetividade e pela simplicidade”, afirmou o governador, que prometeu ainda a publicação de balanços mensais sobre o fluxo de caixa do governo e a redução na máquina pública.

O peemedebista se emocionou pela terceira vez ao agradecer, de novo, pela presença da família, e do pai, que, segundo o governador, não saía de casa há três meses até participar, hoje, da posse dele.

Além dos deputados distritais e assessores, apenas um senador e três deputados federais eleitos pelo DF participaram da cerimônia. Foram eles Adelmir Santana, senador pelo DEM, e presidente do diretório local do partido; e os deputados federais Osório Adriano (DEM), Tadeu Filippelli (PMDB) e Geraldo Magela (PT). O ex-governador do DF, José Ornellas, e Wilson Lima também estavam presentes.