Rosseto contesta Jorge Bornhausen

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, rebateu ontem, em Curitiba, as acusações do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), que afirmou na última sexta-feira que "o presidente Lula não é habituado a trabalhar e, agora, com a crise, não quer mais nada com trabalho". "Bornhausen não tem estatura para fazer uma afirmação dessa. É um cidadão vinculado à ditadura e a inúmeros escândalos com o PFL", disse o ministro, defendendo o presidente. Rosseto esteve no Paraná para participar da inauguração da Escola Latino Americana de Agroecologia, no assentamento Contestado, no município de Lapa.

Segundo o ministro, a crise política não afeta de maneira alguma a sua pasta. "Continuamos assentando famílias, estamos ampliando os investimentos e dando seqüência ao que planejamos antes que as denúncias começassem." De acordo com Rosseto, continuar trabalhando duro e encarando a crise política com seriedade é a determinação do presidente para todos os ministros. "E, caso seja necessário, apurar denúncias com todo o rigor." Rosseto avalia que o governo não está se escondendo ou fugindo de seu papel na crise. "O governo já afastou mais de 50 dirigentes. Está se apurando e punindo de forma rigorosa e rápida."

Rosseto fez a mesma avaliação de outros participantes do governo dizendo que o PT é maior do que alguns poucos dirigentes que cometeram erros graves, e que deve sair fortalecido após as eleições internas, no próximo dia 18 de setembro. "Esse é o momento de superar tudo isso. E vamos superar." Segundo o ministro, os próprios membros do partido querem transformações na estrutura da entidade e novos rumos. "Queremos um partido com posições doutrinárias e ideológicas transparentes. Não há espaço para corrupção e desvio de caráter em nosso projeto de governo."

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