Rocha Loures será o vice de Osmar Dias

O deputado federal Rodrigo Rocha Loures foi indicado ontem para ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo senador Osmar Dias (PDT). O nome foi apresentado por Pessuti na reunião da executiva estadual do PMDB, que homologou a candidatura do ex-governador Roberto Requião ao Senado.

O ex-governador irá dividir a chapa com a petista Gleisi Hoffmann. As negociações para definir a candidatura a vice-governador e a formação da aliança para a disputa das vagas à Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados consumiram a tarde e boa parte da noite de ontem.

Confirmado como candidato ao governo na véspera, o senador Osmar Dias (PDT) ainda não fez o anúncio oficial da aliança com PT, PMDB e outros cinco partidos, à espera do registro das atas dos futuros aliados, cujo prazo para apresentação à Justiça Eleitoral foi encerrado ontem à meia-noite.

Rocha Loures tem base eleitoral em Curitiba e está no seu primeiro mandato parlamentar. É um dos herdeiros da empresa Nutrimental e filho do presidente da Federação das Indústrias do Paraná.

Foi escolhido por Pessuti que, estava em dúvida entre o deputado federal e o seu líder do governo na Assembleia Legislativa, Caito Quintana. Requião apoiava Quintana, que também tinha o aval da bancada estadual.

Na reunião da executiva estadual, não houve consenso sobre a escolha. O ponto forte de Rocha Loures é a ligação com o setor empresarial. Quintana tinha como ponto negativo o fato de ter base eleitoral no Sudoeste, onde Osmar já tem bom desempenho eleitoral, segundo as pesquisas de intenções de votos.

A escolha de Rocha Loures contrariou Requião e os deputados estaduais. O deputado federal peemedebista não acompanhou a posição do partido no Paraná que boicotou a eleição do deputado federal Michel Temer para a presidência nacional do diretório.

Rocha Loures aceitou integrar a chapa de Temer e ocupa uma vaga na executiva nacional do PMDB. Pessuti também postulava participação na indicação dos dois candidatos a suplente na chapa de Requião.

Desta vez, não conseguiu. Requião definiu que seus suplentes serão os empresários Francisco Simeão e Luiz Mussi. Mas o governador conseguiu emplacar um dos suplentes de Gleisi Hoffmann. O ex-deputado Renato Adur foi o escolhido.

A candidatura do senador Osmar Dias será sustentada por uma coligação de sete partidos. Além de PMDB, PT e PDT, estão na aliança o PC do B, PRB, PR e PSC. Em reunião da executiva estadual do PT, foi aprovado o chapão entre seis dos sete partidos para a disputa de vagas na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados.

Apenas o PSC decidiu lançar chapa isolada na eleição proporcional. Os demais partidos vão dividir as 108 vagas de candidato a deputado estadual e à Câmara dos Deputados.

A coligação na disputa proporcional foi uma exigência do PMDB para fechar a aliança com Osmar e o PT. Com uma bancada de dezessete deputados, com média de votações individuais em torno de 45 mil votos, o PMDB precisava de uma aliança para garantir a reeleição da bancada. O acordo não agradou aos deputados estaduais do PT, que temem perder espaço na Assembleia Legislativa.

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