Requião usará folgas para campanha

O governador Roberto Requião (PMDB) disse ontem que sua participação na campanha eleitoral não pode interferir nos seus deveres administrativos no Estado. “Vou usar as folgas no trabalho, sábados e domingos, final de tarde. Vou quando possível. Não posso deixar a administração do Estado”, afirmou.

Ele observou que a figura do governador tem um papel mais simbólico no apoio às candidaturas do partido e outras siglas aliadas. “É mais um apoio referencial do que uma campanha corpo a corpo. Mas vou participar tão intensamente quanto a legislação (eleitoral) e a moralidade permitirem”, afirmou.

Requião não quis opinar sobre a forma de participação do secretário de Educação, Maurício Requião, na campanha do candidato da aliança PT-PMDB à prefeitura de Curitiba, deputado estadual Angelo Vanhoni. “É uma questão dele. Ele tem que avaliar. Se ele achar que deve se licenciar…”, comentou o governador.

Dilema

Ontem, enquanto lideranças do PT anunciavam que Maurício era o novo coordenador geral da campanha de Vanhoni, o secretário tergiversava. Maurício disse que seu envolvimento na campanha será na mesma linha daquela adotada desde o início do processo de costura da aliança eleitoral entre os dois partidos. Ele acha que pode contribuir com a campanha sem deixar a secretaria.

Foi o presidente municipal do PMDB, Doático Santos, quem definiu a função de Maurício na campanha petista-peemedebista. “Estamos transferindo ao Maurício a coordenação política da campanha. Isso não vai atrapalhar suas funções na secretaria porque ele terá toda uma estrutura operacional para ajudá-lo na parte prática da campanha. O fato de ele ser secretário não pode afastá-lo da campanha. Nós estamos ajustando uma fórmula para que ele exerça a sua liderança”, afirmou Doático.

Já o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Natálio Stica (PT), foi categórico: “ele é o nosso coordenador”. Segundo Stica, o secretário da Educação já participou da reunião da coordenação da campanha realizada no último domingo, onde a coligação começou a discutir uma agenda para Vanhoni.

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