O senador Roberto Requião vai disputar a indicação do PMDB para concorrer a um novo mandato de governador do Paraná. O requerimento da pré-candidatura, elaborado no dia 7 de março, foi recebido ontem no diretório estadual do partido. Requião, que já governou o Estado em três mandatos (1991-1994, 2003-2006 e 2007-2010), vai disputar a convenção partidária que deve ocorrer em junho deste ano.

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O senador se diz confiante de que receberá o apoio da maioria dos filiados ao PMDB. “Eu só registrei a minha candidatura com a certeza absoluta que tenho de 80% a 90% de apoio. Eu percorri todos os diretórios no Estado e falei com todos os delegados. A base do partido está comigo. Eu tenho 298 propostas de governo e agora vou apresenta-las à base da sociedade”, afirmou, em entrevista ao Paraná Online.

O presidente do PMDB no Paraná, deputado federal Osmar Serraglio, acredita que a disputa será acirrada entre os partidários de Requião e os peemedebistas que apoiam o governo Beto Richa. “O PMDB está dividido. A convenção decidirá qual o rumo que o partido irá seguir”.

Atualmente, o PMDB faz parte da base de apoio de Richa na Assembleia Legislativa e até o mês passado integrava o governo com dois secretários: os deputados estaduais Luiz Claudio Romalli (Trabalho e Emprego) e Luiz Eduardo Cheida (Meio Ambiente), que deixaram suas pastas para poder concorrer nas próximas eleições.

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Requião afirma que os filiados que apoiam Richa não sofrerão retaliações caso ele seja apontado como candidato. “Os filhos pródigos sempre serão bem recebidos, mas cabe a eles decidir se vão ou não voltar”.

Representante da ala que apoia Richa, Serraglio se mostra reticente à candidatura do senador e diz que seria um risco para o PMDB. “Antes de definirmos por Beto ou Requião, tem que ver como fica o partido. Quantos deputados vamos perder com a candidatura de Requião? Mesmo quando ele era governador, com a máquina ao seu favor, quase perdeu a eleição para o Osmar Dias, imagine agora, sem a máquina”.

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Contudo, o Serraglio garante que qualquer que seja o resultado da convenção, o partido respeitará a decisão majoritária. “As duas correntes são fortes. Na convenção eles vão disputar. Depois, o partido respeitará a decisão de quem vencer”.

A respeito das críticas feitas pelo presidente do PMDB estadual, o senador Roberto Requião afirmou que Serraglio “está liquidado no partido”. “Eu desagrego empreiteiros, banqueiros e todas as pessoas que não querem o bem do Estado. Eu quero desagregar o processo de corrupção do Paraná”, ressalta.