Requião recebe presidente da Vivendi

O governador Roberto Requião recebeu ontem o presidente da companhia francesa Vivendi, Olivier Orsini. Segundo o governador, o encontro foi produtivo porque o grupo entendeu que o que ele está fazendo no Paraná seria o mesmo que eles fariam na França.”Não se pode alienar a água”, declarou o governador, lembrando que o presidente da França, Jacques Chirac, tem como política a proteção das empresas nacionais de abastecimento de água.

Apesar da anulação do pacto de acionistas firmado pelo governo anterior e a Dominó Holding, da qual a Vivendi é sócia, Requião declarou considerar a parceria com a francesa interessante. “Deixando de lado o pacto de acionistas, a Vivendi tem 150 anos de experiência no tratamento da água. A troca de tecnologia é saudável e interessante”, ressaltou o governador, não descartando a possibilidade de ter um diretor da Vivendi nomeado na Sanepar.

Orsini afirmou que sua missão no Paraná foi para reforçar o compromisso de parceria e transferência de tecnologias. “Atuamos em vários campos, como saneamento e desenvolvimento sustentável, e queremos trocar tecnologias, como estamos fazendo no mundo inteiro”, explicou.

Com relação à não-assinatura da holding no novo pacto proposto pelo governo, Orsini não quis se pronunciar e afirmou não haver nenhuma crítica aos demais sócios. Já sobre o atraso na publicação do edital de convocação da assembléia Geral, o presidente afirmou que houve uma confusão. “Nunca quisemos bloquear a convocação da assembléia. Foi apenas um equívoco”, garantiu.

A assembléia que vai eleger a nova diretoria da Sanepar será realizada em 10 de março, como havia sido previsto inicialmente. A Dominó Holding S/A enviou ontem, do Rio de Janeiro, o documento assinado para a convocação da assembléia geral. A direção da holding afirmou que havia “esquecido” de enviar o documento assinado para o Departamento Jurídico da Sanepar.

Com isto, o governador Roberto Requião invocou, em seu benefício, o artigo 123, parágrafo único, letra C, da Lei de Sociedades Anônimas, que defende o controle de gestão para o sócio majoritário, e formulou um pedido de convocação da assembléia. Com o documento devidamente assinado não há mais necessidade de aguardar o prazo de oito dias concedido pelo governador para que a assembléia fosse convocada. Isso dá liberdade para que o governo realize todas as mudanças necessárias na empresa, adequando-a à proposta defendida pelo governador.

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