Requião diz que Campêlo está por trás de ações

O governador Roberto Requião (PMDB) acusou ontem o ex-secretário da Casa Civil, José Cid Campêlo Filho, de ser o mentor das ações contra sua administração que estão sendo movidas pelo advogado Carlos Abrão Celli. Requião disse que cópias da ação de Celli foram distribuídas para a imprensa pelo fax do escritório de advocacia do ex-secretário. “O advogado é um pau mandado do Cid Campêlo”, atacou o governador, que se referiu às iniciativas judiciais como resultado de um trabalho de “quadrilha”.

O advogado já moveu duas ações populares contra o governo. A primeira contestou a contratação emergencial de uma agência publicitária para cuidar da propaganda do governo. O governador rompeu o contrato com as empresas contratadas pelo ex-governador Jaime Lerner (PFL) que prorrogou os contratos sem licitação. Na segunda, o advogado contestou a legalidade do decreto de Requião que anulou atos do ex-secretário da Fazenda e ex-presidente da Copel Ingo Hubert na operação de compra de créditos de ICMS da empresa falida Olvepar. A operação está sendo investigada pelo Ministério público, que apresentou duas ações contra o ex-secretário da Fazenda.

“Ele quer anular o decreto que cancelou as operações infames do Ingo. Acabamos por decreto com o prejuízo que a Copel estava tendo”, afirmou o governador. Ele comentou ainda que ações anteriores do advogado movidas contra a administração de Lerner não são prova de isenção. “Era o próprio governo que acionava o governo. Era uma briga interna”, afirmou.

O ex-secretário da Casa Civil negou que esteja tomando a iniciativa das ações, mas confirmou que tem auxiliado Celli a montar os processos. “Ele pediu elementos e eu forneci. Ele não é “laranja”, mas contou com o meu auxílio sim. Qualquer advogado que quiser contestar ações deste governo e precisar de ajuda, terá”, reagiu Cid Campêlo Filho.

Ele disse que como cidadão comum tem todo o direito de colaborar com processos judiciais que julgue procedentes contra Requião. “Ele (o governador) está sempre me atacando. Estou no meu direito de fazer oposição. Ele precisa saber que é democrático sofrer oposição”, declarou.

Voltar ao topo