Requião contorna dilema e define pasta da Cultura

A professora de História e militante do PMDB, Vera Mussi, será a futura secretária da Cultura do governo Roberto Requião (PMDB). A escolha foi anunciada ontem à tarde pela assessoria do governador eleito.

Vera Mussi é chefe de gabinete do vereador curitibano Paulo Salamuni (PMDB) e exerceu a função de diretora-geral da Secretaria da Cultura no primeiro governo de Requião. O governador eleito somente vai anunciar novos nomes para a equipe após o feriado de Natal.

Requião chegou ao nome de Vera Mussi após três recusas. O primeiro convidado para o cargo foi o deputado estadual Angelo Vanhoni (PT). Ele preferiu assumir a liderança do governo na Assembléia Legislativa. Em seguida, o governador chamou a deputada estadual eleita do PMDB Elza Correia, que tem base eleitoral em Londrina. Ela optou por assumir o mandato na Assembléia. O terceiro nome da lista foi o ex-procurador geral do estado, Carlos Frederico Marés, que também não se mostrou entusiasmado com o convite.

Vera Mussi foi a coordenadora dos comitês cultural e feminino do PMDB durante a campanha eleitoral e ajudou a formular as propostas de política cultural do programa de governo de Requião. A futura secretária pretende conversar com a atual ocupante do cargo, Mônica Rischibieter, na próxima quinta-feira. “Queremos fazer um levantamento completo da área”, afirmou Vera Mussi. Ela comentou que os baixos orçamentos são tradicionais na área da Cultura, mas que a falta de recursos se supera com o que chamou de “muita criatividade”.

Vera Mussi afirmou ainda que o programa de governo do PMDB prevê uma mudança no enfoque do setor. “Nós queremos trabalhar de forma a uma integração maior no estado. Por uma série de motivos, a atuação da secretaria tem sido mais forte em Curitiba. Nós queremos ampliar nossas ações para todo o estado”, afirmou.

Sem méritos

A indicação de Vera Mussi era defendida pelo vereador Paulo Salamuni. Para ser atendido, o vereador chegou a fazer críticas públicas à forma como Requião estava montando o secretariado. “Quem não chora, não consegue nada…”, disse ontem o vereador, que comemorou a indicação. “Os militantes do PMDB se sentem homenageados com essa escolha”, disse o vereador.

A assessoria do governador eleito, entretanto, informou que a escolha de Vera Mussi foi por mérito individual. E que a pressão de Salamuni não teve qualquer influência na decisão de Requião.

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