Requião bombardeia acordo com o PT

O governador Roberto Requião bombardeou ontem o acordo entre o PT e o PMDB para a eleição do senador José Sarney (AP) à presidência do Senado. O governador paranaense acha que o entendimento apenas favoreceu à cúpula do partido. De acordo com sua assessoria, o governador acha que Sarney não precisa compor com o grupo do deputado Michel Temer (presidente nacional do partido) e do senador Renan Calheiros para vencer a eleição no Senado.

Requião defende que Sarney dispute o cargo no plenário. “Esse acordo só interessa à ala que comanda o partido. O Sarney só ganhou aquilo que já era dele, enquanto eles foram compensados com a presidência do partido para o Renan e a liderança do PMDB para o Eunício Oliveira”, comentou o governador, por meio de sua assessoria. O entendimento entre Sarney e a ala governista prevê a eleição de Calheiros para a presidência do partido e a liderança do PMDB na Câmara para o deputado Eunício Oliveira (CE).

O governador manifestou esta posição a Sarney ontem pela manhã, em conversa pelo telefone. Requião também conversou com outras lideranças peemedebistas, como o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia e os senadores Maguito Villela e Pedro Simon.

O governador tentava articular ontem uma reação ao acordo. Requião acha que o acordo fortalece a permanência do grupo de Temer no comando do partido. No dia 4 de janeiro, Requião reuniu em Curitiba várias lideranças da ala dissidente para traçar uma estratégia de mudança da direção do partido. “Perdeu, sai de cena. Este grupo não pode se perpetuar na direção do partido”, declarou.

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