O Grupo de Trabalho instituído pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, por meio do ato normativo 77/2019, concluiu a elaboração dos enunciados sobre a lei de abuso de autoridade, aprovada pelo Congresso. O documento, já validado pelo PGJ e disponível na página do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAOCrim), contém uma série de orientações para a atuação dos promotores de Justiça.

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No item 28, por exemplo, fica evidenciado que ‘representações indevidas por abuso de autoridade’ podem, em tese, caracterizar crime de denunciação caluniosa, dano civil indenizável e, caso o reclamante seja agente público, infração disciplinar ou político-administrativa.

A Lei do Abuso inquieta os promotores em todo o País, e também delegados de polícia e magistrados.

Os investigadores argumentam que o texto aprovado pelo Congresso os intimida e enfraquece o combate à corrupção.

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De acordo com Smanio, os enunciados configuram ‘uma ferramenta importante para que os membros do Ministério Público continuem a desempenhar o seu papel de combate sem tréguas aos que cometem crimes, mesmo diante de um cenário em que a alteração da lei não se apoiou na melhor técnica legislativa’.

Segundo destacou o Núcleo de Comunicação Social do Ministério Público de São Paulo, Smanio afirmou que a Procuradoria-Geral de Justiça e a corregedora-geral, Tereza Exner, ‘estão absolutamente alinhados no tocante à questão da lei do abuso de autoridade’.

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Tereza indicou os promotores Sérgio Simas e Fernando Viana para o Grupo de Trabalho, que contou ainda com Amauri Silveira Filho (coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Arthur Barbosa (assessor do Centro de Apoio Operacional Cível – CAO Cível), Artur Lemos Junior (coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal – CAOCrim), Carolina Guerra Zanin Lopes, Fernanda Narezi (CAOCrim), procuradora Jaqueline Martinelli, José Mário Barbuto, Miguel de Oliveira (assessor da PGJ), Ricardo Silvares (CAOCrim), Rogério Sanches (CAOCrim) e Sandra Reimberg.