Agência Câmara
João Paulo Cunha foi presidente da Câmara dos Deputados.

Sem expectativa de votações, a sessão plenária da Câmara foi marcada hoje (10) pela leitura da carta de renúncia apresentada pelo ex-deputado João Paulo Cunha (SP) na última sexta-feira (07).

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O texto, protocolado na Secretaria-Geral da Câmara, foi lido pelo deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE), que presidiu a sessão de hoje, diante de plenário quase vazio.

A partir de agora, Iara Bernardi (PT-SP), que ocupava uma vaga na Casa como suplente, assume o gabinete ocupado por Cunha. O ex parlamentar cumpria o quinto mandato como deputado federal. Ele deixa de receber, a partir de hoje, todos os benefícios da Câmara, desde o salário até o direito de ocupar apartamento funcional mantido pelo Legislativo.

A decisão pela renúncia anula a necessidade de abertura de um processo de cassação do mandato de João Paulo Cunha, que seria decidido, esta semana, pelos integrantes da Mesa diretora da Casa.

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João Paulo, presidente da Câmara entre 2033 e 2005, foi condenado na Ação Penal 470, processo do mensalão, por lavagem de dinheiro. Desde a semana passada, quando o Supremo Tribunal Federal expediu a ordem de prisão de Cunha, o ex-parlamentar se apresentou à Penitenciária da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena de seis anos e quatro\ meses de prisão por corrupção passiva e peculato.

Outros três deputados também condenados pelo mensalão – José Genoino, Pedro Henry e Valdemar Costa Neto –, adotaram a mesma estratégia, no final do ano passado, e conseguiram evitar o desgaste de um processo de cassação. 

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