Reinício das sessões afeta campanha eleitoral

O início do segundo semestre legislativo, a partir de amanhã, vai afetar o ritmo da campanha eleitoral majoritária no Paraná.

Dos cinco principais candidatos ao governo, quatro são detentores de mandatos na Câmara Federal e no Senado e estão sendo convocados a retormar o trabalho em Brasília, nesta segunda-feira. Os senadores Alvaro Dias (PDT) e Roberto Requião (PMDB) e os deputados federais Padre Roque Zimermmann (PT) e Rubens Bueno (PPS) terão que interromper suas agendas de campanha amanhã e depois para responder chamada no plenário da Câmara e Senado. Somente o candidato do PSDB, Beto Richa, está com tempo livre para continuar seu roteiro, sem pausas. Beto está licenciado do cargo de vice-prefeito de Curitiba.

Mesmo com o Congresso Nacional adotando o chamado “recesso branco”, concentrando as sessões em um regime de trabalho conhecido como o esforço concentrado, os candidatos ao governo terão que passar alguns dias em Brasília neste mês e em setembro para votar os projetos que devem entrar na pauta. Nenhum deles, até agora, decidiu se licenciar para fazer a campanha.

Todos acham que vão poder conciliar, embora com alguma dificuldade, o trabalho parlamentar com o dia-a-dia da campanha.”Não vou abrir mão um milímetro das sessões da Câmara. Já fiz várias campanhas e sempre é possível compatibilizar as duas atividades. Estarei em Brasília sempre que houver sessão de votação”, afirmou Rubens Bueno.

Para o senador Roberto Requião, não há nenhum problema em dividir o tempo entre o Senado e a campanha eleitoral. Requião viaja na próxima terça-feira para Brasília e retorna na quinta. “Vou participar de todas as sessões deliberativas”, disse o senador, que terá de interromper novamente sua campanha nos dias 27 e 28 de agosto, quando estão programadas sessões deliberativas do Senado.

O senador Alvaro Dias disse que chegou a pensar em se licenciar, mas ainda não chegou a uma decisão. Afirmou que vai conversar com o irmão, o senador Osmar Dias, para ver se há necessidade de se afastar. “Se houver apenas duas sessões deliberativas ao mês, acredito que não haverá necessidade”, afirmou.

Padre Roque também disse que está se organizando para conciliar sem problemas os trabalhos legislativos e as ações de campanha. “Não podemos abrir mão das duas missões importantes que temos a executar: fazer um mandato em benefício da população e conduzir uma campanha eleitoral que nos leve à vitória e promova as mudanças de que o Paraná está precisando”, comentou.

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