O candidato ao Senado por São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 22, que é contra a reeleição e a favor do mandato de cinco anos. “Como regra geral não deu certo. Defendo o fim da reeleição”, disse, concordando com a opinião do atual candidato à Presidência pelo partido Aécio Neves. A reeleição foi aprovada durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. Serra ponderou que naquela ocasião a reeleição teve suas virtudes, mas é “indiscutível” que depois não deu certo. “Tem um excesso de focalização na reeleição em vez de politicas permanentes”, afirmou, durante a série de Entrevistas Estadão.

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Segundo o ex-governador, a reeleição “não deu certo no Brasil” e “não é uma boa”. Para ele, o ideal é que o regime anterior, aprovado pela Constituição em 88, retornasse. “Sou a favor do mandato de 5 anos”, disse.

Questionado se firmaria um compromisso de cumprir o seu mandato durante os oito anos, caso seja eleito, Serra afirmou que “essa questão não está posta; minha questão é ganhar a eleição”, disse. Sobre as críticas de seu agora adversário Gilberto Kassab (PSD) que afirmou que ele não cumpre mandatos, Serra rebateu e afirmou que “não vou comentar programas de partidos adversários”.

Ao defender o voto distrital, a reforma política e mudanças no horário eleitoral. Segundo ele, que defendeu o modelo de parlamentarismo quando houve o plebiscito, o atual modelo de presidencialismo coloca o poder de forma antagônica ao Congresso. “Esse presidencialismo de coalizão que tem no Brasil não funciona”, disse.

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Economia

Serra afirmou que, se eleito, pretende fazer propostas que ajudem a recuperar a situação da economia e resgate a política. “No plano geral, a economia está parada”, disse, durante a série de Entrevistas Estadão. “Já no campo político estamos com uma política em que houve uma banalização de escândalos”, completou.

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Serra disse ainda que se eleito vai priorizar projetos voltados para a saúde, combate as drogas, melhor administração e reforma política. Segundo ele, é preciso debater uma reforma política mais ampla. “Se fala muito em financiamento de campanha, mas hoje o horário eleitoral não custa menos que 50% a 60% das campanhas majoritárias. É um gasto que não é necessário”, disse.