Presidente estadual do PSC e pré-candidato a prefeito de Curitiba, o deputado federal Ratinho Junior irá se reunir nesta quinta-feira, em Curitiba, com o governador Beto Richa (PSDB). A conversa será sobre a sucessão municipal do próximo ano.

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Ratinho Junior afirmou que está buscando apoio das forças da base do governo federal ao projeto de disputar a eleição em Curitiba. Mas o deputado não vê problemas em conversar com o governador, atual presidente estadual do PSDB, que está começando uma articulação eleitoral para 2012.

“Mesmo tendo estado na outra coligação no ano passado, tenho um bom relacionamento com o governador Beto Richa. Não vejo por que não conversar com ele sobre a sucessão”, afirmou o deputado federal, que apoiou o pedetista Osmar Dias na disputa ao governo, em 2010.

Nos bastidores, a informação é que Beto está interessado em atrair Ratinho e o PSC para o palanque do prefeito Luciano Ducci (PSB) à reeleição em 2012. Os tucanos estariam dispostos até a ceder a indicação de candidato a vice-prefeito de Ducci para Ratinho.

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Além de atrair um nome com perfil popular, a vantagem de um acordo com o PSC seria enfraquecer o bloco de poder adversário, que se inclina a receber o ex-deputado Gustavo Fruet, também pré-candidato em 2012. Uma das possibilidades é que Gustavo se filie ao PDT, que também integra a base do governo federal.

Insatisfeito

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A insatisfação do PSC no governo federal encorajou os tucanos a tentar uma aproximação com Ratinho Junior. O PSC está se queixando de falta de espaço no governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O partido avalia que perdeu prestígio em relação ao governo do ex-presidente Lula. Até o PC do B, cuja base no Congresso é menor que o PSC, tem um ministério, comparam dirigentes do partido.

Ratinho disse que está tentando construir a candidatura entre os aliados e que vai procurar os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do Planejamento, Paulo Bernardo, para pedir o apoio do PT ao projeto de concorrer à prefeitura. Na segunda-feira, Ratinho Junior irá procurar o PC do B e depois o PR.

A saída de Gustavo Fruet do PSDB alterou os movimentos, reconhece Ratinho Junior. Ele acha que não seria uma estratégia adequada a base do governo federal se dividir em duas candidaturas em Curitiba. “Tenho um bom relacionamento com o Gustavo. Agora, não sei se é inteligente ter dois candidatos da base. O que eu posso dizer é que estou buscando o apoio dos partidos com os quais sempre estivemos juntos. Agora, não serei plano B de ninguém”, disse Ratinho que, além das lideranças do PT no estado, irá procurar também o presidente estadual do PDT, senador Osmar Dias, para discutir 2012.