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Randolfe Rodrigues sobre prisão de Temer: ‘Ninguém está acima da lei’

O líder da minoria no Senado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que a prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB) nesta quinta-feira, 21, representa um dia histórico no combate à corrupção no Brasil.

“É uma demonstração concreta de que ninguém está acima da lei. Não é o fim da corrupção no Brasil, mas é luz de lamparina na noite da impunidade. É um passo importante que tem de ser celebrado”, disse.

“Os elementos para a prisão do senhor Michel Temer e do senhor Moreira Franco estavam colocados há muito tempo. É lamentável que isso não tenha acontecido antes, quando o doutor Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, pediu e, por duas vezes, a Câmara Federal negou”, comentou.

Randolfe negou que a prisão seja um abuso de autoridade. “Abuso de autoridade é ministro do Supremo Tribunal Federal querer processar senador pelas suas palavras. Prender corrupto não pode ser considerado abuso de autoridade. Há elementos para a prisão preventiva”, disse.

Mais cedo, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) considerou a prisão de Temer (MDB) “abuso de autoridade” cujo reflexo é uma desmoralização “cada vez maior” da classe política.

A prisão de Temer tem como base a delação do doleiro Lucio Funaro. No ano passado, Funaro entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) informações complementares do seu acordo de colaboração premiada. Entre os documentos apresentados estão planilhas que, segundo o delator, revelam o caminho de parte dos R$ 10 milhões repassados pela Odebrecht ao MDB na campanha de 2014.

Defesa

O advogado Eduardo Carnelós, que defende Michel Temer, afirmou que a prisão do ex-presidente “é uma barbaridade”.

O MDB, por meio de nota, “lamenta a postura açodada da Justiça à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte do ex-presidente da República, Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de defesa”.

A reportagem está tentando ouvir os outros envolvidos na operação deflagrada nesta quinta-feira. O espaço está aberto para as manifestações.

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