O presidente nacional do PT, José Genoino, estava sendo aguardado ontem à noite em Curitiba para fechar um acordo que poderá acabar com as prévias do partido, marcadas para o próximo dia 7 e que seria disputada pelo deputado estadual Angelo Vanhoni e pelo deputado federal Florisvaldo “Rosinha” Fier. A conversa com o presidente nacional do partido poderá resultar na retirada da pré-candidatura de Rosinha. Vanhoni pertence à corrente majoritária do partido e tem o apoio de setores do PMDB que têm interesse em fazer uma aliança com o PT em Curitiba.

Genoino iria se reunir com Rosinha e seu grupo de apoio para discutir o assunto. Ontem, à meia-noite, venceu o prazo para a inscrição dos pré-candidatos às prévias. Até o final da tarde, Rosinha não havia apresentado o pedido de inscrição. A decisão seria tomada após a discussão com Genoino que, desde o início do ano, vem insistindo no que chama de “consenso” em torno de uma candidatura única em Curitiba.

A decisão de Rosinha de se encontrar com o presidente do partido já não era mais esperada depois que, no sábado passado, dia 8, o diretório municipal havia fechado posição sobre a realização das prévias. No encontro, Rosinha reafirmou sua intenção de concorrer com Vanhoni à indicação para a prefeitura. Genoino tinha mostrado disposição de conversar com Rosinha para dissuadi-lo de apresentar seu nome à prévia antes do encontro do diretório.

Rosinha confirmou, antes do encontro, que havia recebido pedidos de Genoino para não entrar na disputa. Mas sempre disse que a decisão pertencia aos seus apoiadores e que não tomaria nenhuma iniciativa sem consultá-los. Antes da reunião com Genoino, marcada para às 20 horas, Rosinha convocou uma reunião com os representantes dos setores do partido que dão sustentação à sua candidatura.

Genoino já esteve em Curitiba, há duas semanas, para se reunir com Vanhoni e seu grupo de apoio. Rosinha não participou alegando que não poderia faltar à uma conferência da sua tendência, a Democracia Socialista, em Maringá. Genoino disse, então, que o acordo era desejável e que a candidatura do partido teria que ser definida por alguns critérios, entre eles, a capacidade de atrair outros partidos para uma aliança com o PT.

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