PT mantém indicação de Vargas a vice

A bancada do PT decidiu ontem manter a indicação do deputado estadual André Vargas para ocupar a 1.ª vice-presidência da Assembléia Legislativa na vaga que atualmente pertence ao deputado Natálio Stica. Em reunião ontem no final da tarde, os deputados petistas resolveram insistir no nome de Vargas e buscar apoio entre os líderes dos demais partidos, incluindo o PMDB, onde está localizado o principal veto ao presidente estadual do PT.

A resistência de deputados do PMDB à indicação de Vargas está criando um clima de desconfiança entre os dois partidos. Ontem, o líder da bancada do PT, Elton Welter, afirmou que o seu partido já abriu mão de cargos mais importantes na Mesa Executiva na eleição do ano passado, mas que desta vez, não vai ceder. “Tem que haver respeito à proporcionalidade partidária e deve haver um acordo”, disse.

Vargas acusou o PMDB de tentar interferir nos assuntos da bancada do PT. “O PMDB e o PT são dois partidos. O PMDB não pode escolher tudo dentro do PT. O PMDB tem que ser mais generoso porque tem maior responsabilidade na governabilidade”, disse o deputado. Segundo Vargas, as restrições a seu nome tem cunho eleitoral. Entre os deputados antipáticos à sua indicação estão a deputada Elza Correia, adversária do PT de Londrina nas eleições municipais e Dobrandino da Silva (presidente estadual do PMDB). “Há restrições de base eleitoral. Só que não são explicitadas” afirmou o deputado.

O líder da oposição, deputado Durval Amaral (PFL), garantiu que sua bancada não tem veto à indicação de André Vargas para o posto na Mesa Executiva: “O maior problema do PT está dentro do PMDB”, opinou. Para ele, o preenchimento da vaga ocorre dentro de um quadro diverso daquele que norteou a eleição da atual Comissão Executiva: “O Regimento Interno fala em processo de votação. Portanto, é toda uma nova costura política a ser feita”.

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