PT faz jantar para alimentar campanha

A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, estará em Curitiba nos próximos dia 15 e 16 para participar da campanha da candidata do PT à Prefeitura de Curitiba, Gleisi Hoffmann.

A ministra será a estrela de um jantar que está sendo concebido para alavancar fundos para a campanha. Os convites serão vendidos a R$ 1 mil e a expectativa é arrecadar R$ 500 mil, revelou o coordenador da campanha, vereador André Passos.

Dilma fará uma palestra no jantar, que será realizado no restaurante Madalosso. O tema será a conjuntura nacional. Passos acha que a participação da ministra irá ajudar a atrair a atenção dos colaboradores da campanha.

“São profissionais liberais e comerciantes que ao invés de fazer aquela contribuição burocrática, em que a gente vai até lá pedir, poderão ir ao jantar, ouvir a palestra da ministra e fazer uma doação oficial à campanha. É uma forma mais interessante de fazer a doação”, explicou.

Passos disse que o valor do convite é intencionalmente alto, para aproveitar a legislação eleitoral que se tornou bem mais rígida no controle sobre os famosos jantares, que alguns candidatos costumavam fazer para “fisgar” o eleitor pelo estômago.

“Antes, os outros partidos davam jantares. Nós sempre cobramos. Sempre fizemos assim. Agora, é só um pouco mais caro. Nossa campanha está estruturada, mas não tem recursos”, disse o coordenador.

Na rua

A etapa mais popular da participação da ministra na campanha será no sábado pela manhã. Ela fará uma caminhada com Gleisi na rua das Flores. A ministra volta a Brasília no início da tarde. Na caminhada, Dilma estará disponível para conversar com os eleitores e militantes, disse Passos.

Entre as capitais, a ministra deve entrar na campanha apenas em Curitiba, São Paulo e Porto Alegre. Esta foi a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também liberou Dilma para alguns casos especiais de cidades onde o candidato petista for apoiado por todos os partidos da coalizão do seu governo.

Para a campanha petista de Curitiba, a presença da ministra reforça a diretriz de associar Gleisi ao governo federal, sobretudo aos investimentos do Programa de Aceleração Econômica (PAC) na capital.

A campanha de Gleisi também quer a presença do presidente Lula, em Curitiba. Mas o presidente está se mantendo afastado da campanha, principalmente onde o PT tem os partidos aliados como concorrente.

Em Curitiba, o PMDB do governador Roberto Requião tem candidato próprio, o ex-reitor da UFPR (Universidade Federal do Paraná) Carlos Moreira. O governador, entretanto, já teria dito ao presidente que não teria problemas se Lula aparecesse em Curitiba para apoiar Gleisi. Mas o presidente, se vier, será apenas na reta final da campanha.

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