O diretório estadual do PT reafirmou sua condição de aliado do governador Roberto Requião (PMDB) na reunião realizada no final de semana, em Curitiba. O presidente regional do partido, deputado estadual André Vargas, fez um balanço crítico do papel e da atuação do partido como base de apoio do governo, mas o diretório decidiu não tomar posição, por enquanto. O assunto será retomado em um Seminário programado para o dia 1.º de agosto, quando o partido irá avaliar se deve se distanciar ou manter os laços com o governo estadual.

Com dois cargos no primeiro escalão – o secretário do Emprego, Trabalho e Ação Social, Roque Zimmermann e o secretário do governo, Daniel Godoy – e outros tantos de segundo e terceiro escalões, as várias correntes vem “pisando em ovos” quando se trata de situar o partido em relação ao governo do PMDB. O vice-presidente estadual do PT, Márcio Pessati, disse que o “balanço” feito por Vargas não continha elementos suficientes para justificar uma deliberação partidária.

O presidente estadual do partido provocou o debate ao fazer críticas ao tratamento que o governo dá à bancada do PT na Assembléia Legislativa.

A relação individual de Vargas com o governo não vai bem. Os peemedebistas criticaram o presidente estadual do PT pela condução da CPI do Pedágio na Assembléia Legislativa. Vargas foi o presidente da CPI, que em seu relatório, concluiu não haver nenhuma irregularidade nos contratos com as empresas concessionárias. O relatório foi apresentado em meio à batalha travada entre o governo e empresas do pedágio pela redução das tarifas.

“O diretório estadual reafirmou o apoio ao governo Requião. Entretanto, críticas na forma como o governo estadual tem se relacionado com a bancada foram debatidas, até como forma de aperfeiçoar essa relação. O que ficou é que teremos avaliações criteriosas permanentes das ações do governo”, minimizou o presidente estadual do PT.

Para Vargas, o PT deve ter o que chama de uma “relação institucional” com o Palácio Iguaçu. De acordo com o deputado, as posições do PT no governo Requião devem ser orientadas pelas diretrizes do governo federal.

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