As direções estaduais do PT e do PP se reúnem na próxima segunda-feira, dia 29, para discutir uma composição para as eleições do próximo ano. O PP integra a base de apoio do governo Lula (PT) e, assim como PDT e PMDB, está entre os partidos que o PT pretende reunir no estado para sustentar a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), à presidência da República.
Apesar de o partido ser aliado do PSDB em Curitiba, o presidente estadual do PP, deputado Ricardo Barros, afirmou que as rodadas de conversas apontam para a confecção do acordo desejado por Lula. Ele acha removíveis os obstáculos do PMDB à proposta de um palanque comandado pelo senador Osmar Dias (PDT) no Paraná. ,
“O Requião resiste, mas as coisas caminham na direção de aliança com o PT. E o PT tem uma visão clara de que o senador Osmar Dias é o candidato que pode dar o melhor palanque para a ministra”, afirmou.
Para Barros, o governador Roberto Requião teria dificuldades em se aliar ao PSDB no Paraná e já demonstrou que está se reaproximando dos petistas na sucessão presidencial. “No momento em que o Requião começa a admitir que está com o PT está caminhando na direção dessa aliança”, afirmou Barros.
O presidente do PP disse que, em Londrina, anteontem, o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, começou a articular a reaproximação de Lula e Osmar. De acordo com Barros, as conversas vão continuar em Brasília nos próximos dias.
Quanto às condições de um acordo entre PP e PT, Barros disse que está ouvindo os deputados estaduais e federais do partido para definir a condução que será dada às negociações do PP com o PT. A princípio, o PP postula uma candidatura ao Senado para Barros.