Requião terá o apoio de Lula no segundo
turno da disputa.

A direção estadual do PT está empenhada em encaixar na agenda de Luiz Inácio Lula da Silva ainda para esta semana uma participação na campanha do senador Roberto Requião (PMDB) ao governo do Paraná. O ex-candidato do partido ao governo, deputado federal Padre Roque, negociava ontem com a coordenação nacional da campanha presidencial petista a vinda de Lula na próxima quinta-feira (dia 17). A intenção é que o candidato do partido à Presidência venha acompanhado do seu candidato a vice, o senador José Alencar (PL), da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, e do senador eleito por São Paulo, Aloisio Mercadante.

O próprio Lula, durante entrevista a uma emissora de rádio, confirmou que pretende vir ao Paraná neste segundo turno para prestigiar Requião. Lula se referiu a Requião como “companheiro de primeira hora” e disse que iria convidar o governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB) a se integrar ao grupo. O presidente nacional do PT, deputado federal José Dirceu, também confirmou o apoio de Lula a Requião. Disse que o apoio é “irrestrito” e que o senador do PMDB é um aliado do seu partido. “Requião é um aliado histórico na luta do PT por mudanças”, comentou.

De acordo com Padre Roque, além de Curitiba, Lula e Requião devem visitar uma segunda cidade, onde seja importante para o candidato do PMDB ao governo reforçar a vinculação entre a sua campanha e a do candidato petista.

No primeiro programa de Requião no horário gratuito do TRE, exibido ontem, as boas relações entre Lula e Requião tiveram um espaço privilegiado. O PMDB utilizou as imagens gravadas durante a visita que o candidato petista fez a Requião no primeiro turno, quando cobriu o peemedebista de elogios. Na gravação, Lula disse que havia apenas dois políticos no País que ele apoiaria “de graça”: o ex-governador de São Paulo Mario Covas, morto no ano passado, e Roberto Requião.

O PMDB também exibiu depoimentos dos prefeitos de Londrina, Nedson Michelletti, de Maringá, José Claudio Pereira, e de Ponta Grossa, Péricles de Mello, além de deputados federais e estaduais do PT. O PMDB exibiu até a marca da campanha de Padre Roque ao governo, com o 13 (número do PT) sendo substituído pelo 15 (número do PMDB). E os petistas que participaram do programa repetiram o novo bordão peemedebista: “Me chama que eu vou, Requião irmão”.

Lideranças apóiam peemedebista

O senador Roberto Requião (PMDB) recebeu ontem, durante café da manhã em Curitiba, o apoio de várias lideranças políticas do Estado. Entre elas, os deputados estaduais Edno Guimarães (PSL), Marcos Isfer (PPS) e Basilio Zanusso (PFL); o suplente de senador de Flavio Arns, Márcio Pessatti; o vice-presidente estadual do PPS, Amadeu Geara; a reitora da Universidade Estadual de Londrina, Lígia Pupatto; e o presidente estadual da CUT/PR (Central Única dos Trabalhadores), Roberto Van der Osten.

Propostas

Baseado nas propostas dos Bispos de Puebla de opção preferencial pelos pobres, o senador Roberto Requião elaborou um programa de governo destinado a solucionar a situação de miséria em que vivem 21% da população paranaense. São políticas de emergência para retirar da pobreza essas mais de 2 milhões de pessoas e, assim, garantir-lhes a sobrevivência. “Um governo se faz com princípios, programas e ações. Ao apresentar essas grandes linhas de ação do nosso programa deixamos claros os princípios que regem as nossas ações: igualdade de oportunidade, de direito à vida e à liberdade, respeito às diferenças de gênero e raça, proteção à criança e ao idoso”, diz Requião.

“Um governo só é bom quando o povo é feliz. E o povo só é feliz quando tem emprego e salário”, observa. “As medidas anunciadas foram assimiladas pelos paranaenses, que comentam com entusiasmo que as soluções apresentadas representam a esperança de um Paraná melhor e mais humano”.

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