O PSOL divulgou nota na tarde desta sexta-feira, 16, em que diz que a situação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chegou ao limite e defende sua saída imediata do cargo. No texto, assinado pelo líder Chico Alencar (RJ), o partido diz considerar que “não há mais sequer o benefício da dúvida brandido por alguns” em favor do peemedebista.

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O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou ontem abertura de novo inquérito contra Cunha e a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu hoje novo bloqueio de duas contas bancárias mantidas na Suíça atribuídas ao presidente da Câmara. Cunha é acusado de ocultar conta também nos Estados Unidos.

“Aos que esperavam ‘provas cabais’, como a assinatura do parlamentar em operações bancárias no exterior, e outros documentos probatórios de seu envolvimento direto com transações ilícitas, ei-los: inquestionáveis, contundentes, definitivos!”, diz a nota.

Com o apoio de 34 deputados petistas, PSOL e Rede Sustentabilidade entraram nesta semana com uma representação por quebra de decoro parlamentar contra Cunha no Conselho de Ética.

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Alencar informa na mensagem que vai pedir que os novos documentos sejam anexados à representação. “Não se trata de aditamento de novos elementos, mas de peça que reforça o que ali já está denunciado”, explica o líder.

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Deputados do PSOL e da Rede foram os únicos a cobrar em plenário a saída de Cunha. Tanto partidos de oposição quanto de governo evitaram se pronunciar abertamente sobre um possível afastamento do peemedebista. Enquanto governistas querem evitar o início do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, os oposicionistas esperam que Cunha defira os requerimentos protocolados pedindo o afastamento da petista.

Líderes da oposição destacaram que emitiram nota no último final de semana pedindo a saída de Cunha, mas evitaram pressioná-lo publicamente.