PSDB regulamenta prévias para eleição de 2010

A Executiva Nacional do PSDB aprovou ontem, por unanimidade, a regulamentação das prévias internas no partido para a escolha do candidato à Presidência da República em 2010, caso não haja consenso entre os dois nomes da legenda que podem disputar a indicação, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). O texto, elaborado pelo secretário-geral do PSDB, Rodrigo de Castro (MG), foi lido na presença de oito senadores e 14 deputados federais, além de integrantes da cúpula partidária.

De acordo com as regras, será levado em consideração o peso eleitoral de cada Estado para a computação dos votos. Ou seja, Estados como São Paulo e Minas, primeiro e segundo colégio eleitoral do País, respectivamente, terão peso maior. Apesar de o documento ainda não explicitar quem poderá participar da consulta, foi definido setembro como prazo para definir o tamanho do colégio eleitoral. Ainda não se sabe se poderão votar todos os filiados ou apenas os que detêm mandato eletivo. Serão considerados filiados aqueles que ingressaram no partido até outubro de 2008. O objetivo é evitar filiações em massa na véspera de uma disputa.

O texto também estipulou setembro como prazo final para o partido marcar as prévias, que poderão ser realizadas entre dezembro e fevereiro do ano que vem. A data já havia sido acertada em conversas entre Serra e Aécio. “Escutamos vários Estados durante todo o processo e buscamos a solução mais equilibrada possível”, declarou o deputado Rodrigo de Castro.

As prévias partidárias eram uma demanda de Aécio. Grande parte do PSDB, no entanto, vê com ceticismo a consulta interna. A aposta mais comum no partido é que haverá uma composição entre Serra e Aécio até o ano que vem. Tucanos veem uma constante aproximação entre os dois, principalmente após a melhora no desempenho da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, nas pesquisas de intenção de voto. O mineiro, no entanto, tem descartado publicamente compor com Serra uma chapa puro-sangue, na qual seria candidato a vice do paulista. Mas afirma que a legenda marchará unida rumo às eleições de 2010.