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PSDB, PT, PSOL e Rede pedem à Band e Jovem Pan mesmo tempo dado a Bolsonaro em entrevistas

Representantes dos partidos Rede, de Marina Silva, do PT, De Fernando Haddad, do PSDB, de Geraldo Alckmin, e do PSOL de Guilherme Boulos, entraram com representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a TV Band e a rádio Jovem Pan por conta das entrevistas de Jair Bolsonaro (PSL) na semana passada. Os advogados pedem que os canais de televisão e rádio também entrevistem os seus candidatos, lhe concedendo o mesmo tempo, ainda nesta semana.

Os adversários alegam tratamento privilegiado ao deputado federal. As representações foram individuais, mas todas protocoladas durante o final de semana. Os pedidos de Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL) foram analisados pelo ministro Sérgio Banhos, que negou o pedido de liminar. No entanto ele pediu que os representantes das empresas apresentem suas defesas.

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“A entrevista com Bolsonaro na Bandeirantes foi um escândalo, um comício em horário nobre. Esperamos que, mesmo rejeitando a limitar, a Justiça Eleitoral julgue o mérito da ação do PSOL a tempo e corrija essa injustiça, dando a mesma oportunidade a outros candidatos”, disse o presidente do partido, Juliano Medeiros, ao jornal Estado de São Paulo.

Semana passada Bolsonaro, ainda internado, concedeu entrevista de 26 minutos para a Rádio Jovem Pan e de 46 minutos para a Band. Foram as primeiras entrevistas dadas pelo candidato, que estava internet no Hospital Albert Einstein desde que recebeu uma facada durante uma caminhada política em Juiz de Fora (MG). O candidato recebeu alta hospitalar no sábado (30).

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A argumentação das representações cita o princípio de tratamento igual aos candidatos, que teria sido ferido por infração a lei eleitoral nº. 9.504/97, que prevê que “encerrado o prazo para a realização das convenções no ano das eleições, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e em seu noticiário, (…) dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação”, conforme o Estadão.

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“Observa-se que, em razão da extensa entrevista realizada com o candidato Jair Messias Bolsonaro, somente com a determinação para que as representadas disponibilizem igual espaço para realização de entrevista com a candidata à Presidência da República da coligação representante é capaz de novamente restabelecer a isonomia”, diz o texto da campanha de Marina Silva publicado na reportagem do Estado de São Paulo.

Segundo a reportagem, o documento do PT compara ainda o tempo de exposição da entrevista com os programas eleitorais de Fernando Haddad (PT). “Seriam necessários quase 30 programas em bloco, ou 5 semanas, para conseguir se apresentar ao público pelo mesmo período”.

As emissoras foram procuradas para comentar as representações, mas não se manifestaram até a publicação desta reportagem.

 

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