O PT vai perder para o PSDB a vaga na 2.ª secretaria da nova mesa executiva da Assembléia Legislativa, que será eleita na próxima segunda-feira, dia 1.º. A data foi anunciada ontem, 25, após a reunião da mesa executiva com as lideranças dos partidos, que se comprometeram a apresentar até amanhã, 27, os nomes dos ocupantes das posições na chapa única encabeçada pelo deputado Nelson Justus (DEM).
Dos nove cargos da mesa, a principal mudança será a substituição dos petistas pelos tucanos na 2.ª secretaria, que junto com a presidência e a 1.ª secretaria compõem a mesa executiva e respondem pelas decisões na Casa.
Os petistas vão para a 3.ª secretaria, onde está hoje o tucano Luiz Accorsi. Oficialmente, a justificativa para a troca é que os petistas têm seis deputados e a bancada do PSDB é maior, com sete integrantes.
Além de mudar de posição, o PT também vai alterar o titular da vaga na 4.ª secretaria. Sai a deputada Luciana Rafagnin e entra o deputado Elton Welter. A mudança dos nomes é uma decisão interna da bancada que costuma alternar os titulares dos cargos exercidos em nome do partido.
O indicado do PSDB para a 2.ª secretaria, além de preencher a cota do partido irá também representar o bloco de oposição. Accorsi é tucano, mas integrada a base de sustentação do governo. Há indícios suficientes para apontar o deputado Valdir Rossoni, presidente estadual do PSDB, como o próximo ocupante do cargo.
A escolha de Rossoni explicaria a razão pela qual ele não retornou à liderança da bancada de oposição depois das eleições. Ele havia se licenciado durante a campanha eleitoral, com a promessa de retorno após a realização do segundo turno. Mas não reassumiu a liderança e tem evitado comentar a eleição para a mesa executiva.
Outra mudança será registrada na 5.ª secretaria. O deputado Chico Noroeste (PR), que integra o bloco PTB-PR, dará lugar a um indicado do bloco independente, formado por PSB, PRB e PV.
O mais cotado para o cargo é o deputado Reni Pereira (PSB). Ele somente não participará da Mesa se tiver que sair das comissões permanentes da Casa. Há uma regra na Casa impedindo os integrantes da Mesa de terem cargos nas comissões. Entretanto, o entendimento é que a restrição se aplicaria apenas à presidência, 1.ª e 2.ª secretarias.
Serão reconduzidos, além de Justus, os deputados Alexandre Curi (PMDB), na 1.ª secretaria, Antonio Anibelli (PMDB) na 1ª vice-presidência, Augustinho Zucchi (PDT) na 2.ª vice-presidência, Felipe Lucas (PPS) na 3.ª vice-presidência e Cida Borghetti (PP) na 4.ª secretaria.
As vice-presidências e as 3.ª, 4.ª e 5.ª secretarias não têm poder de decisão no Legislativo. Mas são posições cobiçadas devido à estrutura ofertada. Cada uma das secretarias e das vice-presidências têm uma quota de cargos em comissão, de livre nomeação dos partidos e deputados indicados.