O PSDB realiza convenção neste sábado, no Restaurante Madalosso em Curitiba, para eleger o novo diretório estadual. O encontro tucano terá chapa única “Unidade Tucana” e vai reeleger o vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa, para a presidência do partido na chapa que terá ainda o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, como primeiro vice-presidente e o deputado federal Affonso Camargo na segunda vice-presidência. O deputado federal Luiz Carlos Hauly será eleito secretário-geral. A convenção terá a participação do presidente nacional do PSDB, José Aníbal.
A ausência mais significativa da nova executiva é o senador Alvaro Dias, que comandava o diretório tucano até 2001. De volta ao partido depois do rompimento há dois anos, Alvaro não foi convidado para compor a executiva, mas participará do grupo de 45 integrantes do diretório estadual. O diretório será eleito pelo voto dos 350 delegados indicados por 130 diretórios municipais.
A convenção também irá homologar a indicação dos delegados à convenção nacional, marcada para o próximo dia 21 de novembro, em Brasília. O candidato à presidência nacional do partido deverá ser o ex-senador José Serra. Beto Richa, Hauly e o ex-deputado federal Basílio Villani estão cotados para representar os tucanos paranaenses na convenção nacional.
Alianças
Em visita ontem a O Estado, onde foi recebido pelo diretor do Grupo Paulo Pimentel, Mussa José Assis, Beto Richa afirmou que o partido está em preparação para as eleições municipais do próximo ano. A orientação da direção nacional é para que se dê preferência ao lançamento de candidaturas próprias. Nesta fase das articulações, Beto afirmou que o partido está voltado para a construção das alianças.
Em Curitiba, onde é pré-candidato do partido à sucessão do prefeito Cassio Taniguchi (PFL), Beto vem mantendo contatos com o PDT, PL, PSB, PP e PSL. As conversas com o PFL estão interrompidas, apesar de Beto ser o atual vice de Taniguchi na prefeitura. O PFL decidiu que participa da disputa com um candidato próprio, ao contrário da eleição para o governo no ano passado, quando apoiou Beto e indicou seu candidato a vice, o ex-secretário Lubomir Ficinski.
“Por enquanto, o PFL está irredutível e já deixou claro que somente conversa sobre alianças para o segundo turno”, afirmou. Sem a perspectiva de obter o apoio do prefeito, Beto está intensificando as negociações com os outros partidos. Ele avalia que as conversas com o senador Osmar Dias, presidente estadual do PDT, com o deputado estadual Mauro Moraes (PL), e com o presidente estadual do PSB, Severino Araújo, estão avançando e podem resultar num acordo eleitoral para 2004.