PSDB descarta acordo com o PT

O presidente do PSDB do Paraná, deputado Valdir Rossoni, disse ontem que o senador Osmar Dias (PDT) terá que fazer uma opção entre o PT e os tucanos. Rossoni reagiu às declarações do senador pedetista que, em entrevista a O Estado do Paraná, disse que sua prioridade é construir um projeto para o Estado com o apoio de várias forças, podendo reunir tanto o PT como o PSDB e o PMDB.

Rossoni classificou a posição de Osmar como “um sinal ruim” para os aliados de 2006. O presidente estadual do PSDB disse que não existe uma única possibilidade de os tucanos compartilharem um mesmo projeto eleitoral com o PT no Paraná.

“Nós temos um projeto totalmente diferente. Há um divisor de águas entre nós. Eu gostaria que ele (Osmar) não sonhasse com isso porque o PSDB não fará parte disso”, disse o tucano.

Ainda que setores do PSDB continuem defendendo a pré-candidatura de Beto Richa ao governo em 2010, Rossoni acha que o senador pedetista não tem motivos para procurar novos aliados.

Ele disse que o PSDB está empenhado em manter a frente de partidos que deu sustentação à candidatura de Osmar em 2006 e à reeleição do prefeito Beto Richa (PSDB) este ano.

“Ele (Osmar) conversou com o Beto. Ele sabe o que o Beto pensa”, disse Rossoni, um dos defensores no partido do apoio do PSDB a Osmar em 2010. E continuou: “Até o presente momento, não houve nenhum movimento para desfazer a aliança que está sendo construída”, disse.

Além das declarações de Osmar, os tucanos ficaram ressabiados com a presença do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, no encontro estadual do PDT realizado ontem, em Curitiba. Lupi é o representante do PDT no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e um defensor da reprodução da aliança nacional nos estados.

O vice-presidente estadual do PDT, deputado Augustinho Zucchi, disse que o “sonho” do PDT é fazer um projeto de governo para o Estado e, preferencialmente, continuar com os aliados de 2006. Mas também fez a ressalva de que o PDT não irá discriminar partidos na hora de discutir as composições.

“Não temos que eliminar este ou aquele. Nem começamos ainda a discutir as alianças. Qual é o candidato ao governo que pode dizer que tal partido está fora das composições?”, ponderou.