Promotor devolve ao TRE caso do “caixa 2”

O promotor eleitoral Valclir Natalino da Silva devolveu ontem ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) os autos do processo que investiga a existência de um possível caixa 2 na reeleição do prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi (PFL), em 2000. Ele atendeu à decisão do juiz relator Jaime Stivelberg, que solicitou na última quarta-feira os autos e suspendeu o indiciamento do prefeito, proposto pelo delegado da Polícia Federal, Hugo Corrêa Martins.

O inquérito da Polícia Federal que investiga o suposto caixa paralelo da campanha de Taniguchi à Prefeitura está agora concluso ao Juiz da 1.ª Zona Eleitoral, que deverá manifestar-se na segunda-feira, à tarde. No entanto, a manutenção do habeas-corpus preventivo não irá impedir que o Ministério Público (MP) Eleitoral continue as investigações, mas desta vez ela será feita através do procurador eleitoral, que responde pelo MP em segunda instância.

Jaime Stivelberg suspendeu também o indiciamento do prefeito, que está sendo acusado de crime eleitoral. Taniguchi havia sido indiciado pela PF no inquérito que apurou denúncias de caixa paralelo na campanha que o reelegeu. A defesa argumentou que, por ser prefeito, Taniguchi tem foro privilegiado. Com esta decisão, o caso passa para a Procuradoria Eleitoral. A Justiça determinou a devolução dos documentos para que o prefeito Cássio Taniguchi possa prestar depoimento, já que o inquérito foi concluído sem que ele fosse ouvido pela PF.

As investigações realizadas pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e pela Polícia Federal apuraram que o comitê do PFL teria um caixa 2 estimado em R$ 29,8 milhões.

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