O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, recomeçou as conversas com o presidente nacional do PDT, ministro Carlos Lupi, sobre a sucessão no Paraná e quer incluir o PMDB nas articulações para formar o palanque da pré-candidata do PT à presidência da República, ex-ministra Dilma Rousseff, no Estado.

continua após a publicidade

O secretário nacional de Comunicação do PT, deputado federal André Vargas, informou que Dutra deve procurar o governador Orlando Pessuti para conversar sobre o assunto.

Embora as negociações não sejam das mais simples, o esforço de Dutra é para colocar no mesmo palanque o PMDB, PDT e PT no Paraná, com o apoio de outros partidos da base.

“Essa é a aliança ideal. Dá conforto para todos”, afirmou o deputado paranaense, citando que, para chegar até esse acordo, todos os dirigentes partidários precisam ter sangue frio. “É necessário que todos os dirigentes desses partidos acalmem os ânimos na tentativa de encontrar um ambiente mais adequado para que seja montada essa aliança”, afirmou.

Arquivo
Pessuti: nos planos do PT.
continua após a publicidade

Para Vargas, a possibilidade de um acordo como esse ocorrer exige não apenas desprendimento dos principais personagens, como também a compreensão de que todos têm um adversário em comum: o PSDB.

“Parece que alguns já estão começando a entender isso. Hoje, o cenário está assim: a Gleisi e o Requião são pré-candidatos ao Senado, Pessuti é candidato ao governo e o Osmar é também candidato ao governo. A posição da direção nacional é que todos sentem para conversar com o coração aberto e, disso, pode surgir um novo cenário”, disse Vargas.

continua após a publicidade

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, também confirmou o interesse em atrair o PMDB para a composição. “Nós fizemos uma aliança com o PMDB em 2002 e 2006, e ajudamos o partido a vencer a eleição. Se fosse pelo Pessuti, o PT do Paraná toparia disputar a eleição (numa coligação)”, comentou Bernardo.

Ele disse ainda que o PT estadual pode abrir mão de uma candidatura ao governo, mas quer a vaga para o Senado e a dedicação do PMDB à candidatura de Dilma Rousseff.

Arquivo
Dutra: pelo palanque ideal.

De longe

Enquanto as conversas entre PT e PDT transcorrem no plano nacional, o PDT do Paraná se mantém ao largo. O presidente estadual do partido, deputado Augustinho Zucchi, disse que a candidatura do senador Osmar Dias ao governo não é refém do PT.

“Estamos trilhando nosso caminho. Não dependemos da posição do PT. Não estamos informados sobre nenhuma conversa”, resumiu o dirigente estadual do PDT.

Desde há duas semanas, quando o diretório estadual do PT decidiu suspender as conversas com o PDT por recusar o pedido do aliado nacional para que Gleisi Hoffmann concorresse a vice-governadora na chapa encabeçada por Osmar, o senador pedetista tem dito que somente volta a tocar no assunto com o presidente Lula e com a direção nacional.