Presidente do TCU reafirma que órgão participará de acordos de leniência

De passagem por São Paulo, onde participou na sede da Federação das Indústrias do Estado de um evento do setor de construção, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, comentou rapidamente a polêmica sobre os acordos de leniência que estão sendo discutidos pela Controladoria Geral da União. “O acordo de leniência vai seguir a instrução normativa da Lei Anticorrupção”, se limitou a dizer o presidente do TCU.

A instrução normativa citada por Cedraz foi editada pelo Tribunal em fevereiro sob o número 74/2015. O TCU entende que acordos feitos com base na lei anticorrupção, de 2013, devem passar por análise do Tribunal antes de serem fechados.

A polêmica entre a CGU e o TCU sobre possíveis acordos de leniência de empresas da Lava Jato envolve também o Ministério Público do Paraná. No fim de fevereiro, procuradores foram a Brasília para uma reunião com membros do TCU. O temor do MP é que os acordos prejudiquem o processo na Justiça.

Fiscalização

Durante palestra, quando questionado sobre a Operação Lava Jato, o presidente Aroldo Cedraz disse que, se as denúncias contra as empresas envolvidas tivessem passado pelo órgão em 2009, talvez a situação não tivesse chegado ao patamar atual. Ele evitou comentar o julgamento das acusações e lembrou que o TCU tem um papel preventivo.