O presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, disse ter se encontrado nesta semana com o ex-ministro José Dirceu, condenado no processo do mensalão. Quaquá disse admirar o amigo e ex-ministro, de quem disse gostar de ouvir conselhos. “Ele estava calmo, tranquilo, gosta de fazer análises sobre o futuro do PT, do País”, relatou Quaquá.

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Apesar da calma, Quaquá conta que há sim por parte de Dirceu uma preocupação pelo cerco da Operação Lava Jato em torno dele, pelos supostos serviços de consultoria prestados a empreiteiras. O dirigente fluminense defende que Dirceu foi e é “injustiçado”. “Eu já ouvi de vários diretores de empreiteiras, o Zé (Dirceu) vale até mais do que pagam pra ele, ele tem olho, o serviço de consultoria dele abre oportunidades de negócio”, afirmou.

Quaquá diz não ter dúvidas de que há um viés político nas investigações da Lava Jato e critica a atuação do juiz Sérgio Moro. “Não há dúvidas que há interesse político na atuação de Moro. Vejo um ânimo de promotor no juiz da Lava Jato”.

O dirigente petista amigo de Dirceu disse ainda que é “besteira” as especulações de que o ex-ministro se sinta traído pelo PT ou pelo ex-presidente Lula. Ele relata que Dirceu tem dito ver uma recuperação do PT no futuro, traçando um paralelo com o Partido Socialista Operário Espanhol, que segundo ele passou por uma crise semelhante de representatividade na Espanha e conseguiu se recuperar.

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