O presidente da Copel, Paulo Pimentel, falou, ontem de manhã, sobre a força política dos jornais a estudantes de Jornalismo do Unicenp (Centro Universitário Positivo), em Curitiba. A palestra foi um dos eventos do Congresso de Jornalismo promovido pela instituição, que teve início ontem e termina amanhã.
Ex-governador do Paraná, ex-secretário de Estado da Agricultura e deputado federal por dois mandatos, Paulo contou aos estudantes como se tornou um empresário da área de comunicação há quarenta anos, com a aquisição da Editora O Estado do Paraná, que publica O Estado e a Tribuna do Paraná, e falou do papel dos jornais e de seus jornalistas na sociedade brasileira.
Segundo Pimentel, a notícia deve ser gerada, mas não vale nada se não for divulgada. Por isso, a imprensa tem uma força política imensa, fiscalizando, denunciando e cobrando punições. “A profissão de jornalista é de grande responsabilidade. Por este motivo, os profissionais do jornalismo não podem abrir mão de sua independência política e da defesa da democracia”, afirmou.
O presidente da Copel definiu os jornais como sendo os órgãos de comunicação mais importantes e mais influentes de toda história. Ele lembrou aos estudantes que, em 1922, com o surgimento do rádio, muita gente afirmou que os jornais iriam desaparecer. Em 1950, com a ascensão da TV, a situação se repetiu e, mais recentemente, com a divulgação de notícias através da internet, o fim dos jornais foi novamente decretado. Porém, apesar de tudo o que já foi dito, os jornais sobreviveram e tendem a crescer cada vez mais.
“Atualmente, a sobrevivência dos jornais depende das fusões de grupos. Os jornais devem estender-se para outras regiões fazendo parcerias e através de fusões”, disse Pimentel, acrescentando que, até o fim do ano, uma grande empresa de comunicação do Sul do País pode vir a se fazer presente também no Paraná. O nome da empresa não foi revelado.