O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse ter se surpreendido com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de redefinir as vagas de 13 Estados na Câmara dos Deputados. O peemedebista ressaltou que a medida provocou uma “insatisfação muito grande” e “mal-estar” entre os poderes.

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“Me surpreendeu uma medida dessa. Se tivesse conversado conosco antes, aberto um diálogo, mas tomada assim de repente, sem noção do que aconteceria, cria realmente um mal-estar e vamos ver qual providencia vamos tomar”, afirmou o presidente ao chegar no Congresso na manhã desta quarta-feir (28).

Alves disse que conversará com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e que pedirá um encontro “urgente” com o presidente do TSE, ministro José Antonio Dias Toffoli, com quem garantiu ter uma “boa relação”.

Nesta terça (27), o TSE ratificou uma resolução baixada pela Corte em abril do ano passado. Em dezembro de 2013, um decreto legislativo promulgado pelo Congresso havia suspendido os efeitos desta resolução.

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Apesar de manter as 513 cadeiras na Câmara, o TSE passou a considerar os dados do Censo de 2010 do IBGE para estipular o número de cadeiras que cabe a cada unidade da Federação.

Assim, a partir da próxima legislatura, oito Estados perderão cadeiras na Câmara dos Deputados e cinco ganharão. Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraíba e Piauí terão menos representantes. Amazonas, Santa Catarina, Ceará, Minas Gerais e Pará ganharão novas vagas.

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A decisão também deverá provocar alterações na composição das Assembleias Legislativas. O Congresso poderá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a mudança.

“Houve decisão do Congresso. Há um decreto legislativo que entendíamos que era o caminho e que resolvia o problema. De repente, sem conversa prévia, toma essa decisão? Vou conversar com o ministro Toffoli, que é pessoa que tem bom diálogo com o Legislativo, para acordarmos. Foi uma insatisfação muito grande essa decisão”, reclamou Alves.