O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Cauê Macris (PSDB), afirmou à reportagem que o PSDB precisa apoiar a autorização da abertura de uma ação penal contra o presidente Michel Temer (PMDB).

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Aliado ao governador Geraldo Alckmin, que defendeu nesta terça-feira, 27, o fechamento de questão na bancada do PSDB na Câmara sobre a denúncia, Macris afirmou que o partido não pode ficar “em cima do muro”.

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“O partido tem que tomar uma posição, não pode ficar em cima do muro”, declarou. “Eu particularmente acho que nenhuma investigação pode ser suspensa. Afinal a Câmara não está condenando o presidente, mas vai autorizar a abertura da investigação.”

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Um dos integrantes da ala tucana chamada de “cabeças pretas”, que defende o desembarque do PSDB do governo Temer, o deputado estadual disse que a Câmara dos Deputados não pode impedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a denúncia contra Temer. Para que a Corte aceite ou não a abertura do processo, pelo menos 342 deputados devem votar pela autorização.

“Como o PSDB vai se posicionar proibindo uma investigação de ser feita? Essa decisão é jurídica, não é da Câmara”, afirmou Macris.

O deputado criticou as lideranças do partido que defendem o apoio ao governo em nome da estabilidade. Alckmin e o prefeito João Doria fazem essa defesa. “Os fins não podem justificar os meios. Você não pode passar a mão na cabeça, alisar alguém que possa ter cometido um suposto crime só por conta da estabilidade do País”, avaliou.